REFLEXÕES SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES MUNICIPAIS DE GUANAMBI
A história do SISPUMUR –
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Guanambi e Região é marcada por
muitas lutas, conquistas, avanços, recuos e derrotas, conforme a conjuntura
política e a correlação de forças dos diversos movimentos em defesa de uma
educação de qualidade.
O sindicato conquistou a
confiança da categoria e dos professores fruto de um trabalho sindical de coerência,
firmeza ideológica, muitas lutas e greves vitoriosas.
Todo processo de luta de uma
categoria requer assembleias, negociações, diálogos e conquistas.
Os professores municipais de
Guanambi iniciaram uma greve que durou mais de uma semana depois de esgotar
todas as negociações com o Poder Executivo. A principal reivindicação foi o pagamento do reajuste do piso nacional da
categoria.
A greve foi
deflagrada após as negociações com a Gestão Pública Municipal não avançarem
na definição do principal ponto de pauta, o pagamento da atualização do
percentual (6,81%) do Piso Salarial definido em todo o Brasil por meio do
Ministério da Educação e Cultura (MEC).
A data-base
da categoria, que é o mês de janeiro, está sendo descumprida e os professores já
se encontram há 06 (seis) meses sem a atualização dos seus vencimentos. Somado a
isto o Município de Guanambi não vem cumprindo o Plano de Carreira da categoria
no que se refere ao pagamento do incentivo à titulação, as licenças – prêmio, a
gratificação (aluno com deficiência múltipla ou transtorno global de
desenvolvimento), incentivo de produção científica e a falta de assistência à
saúde destes profissionais.
Depois de várias reuniões de
negociação, os professores iriam fazer uma assembleia para analisar a
contraproposta do Poder Executivo, mas a surpresa fica por conta de uma decisão
do Tribunal de Justiça, que declarou a greve abusiva, exigindo o retorno das
aulas e aplicação de multa diária de R$ 10 mil reais.
O significado dessa atitude é
que em plena mesa de negociação, os professores foram traídos e apunhalados
pelas costas, pois no dia 23.07 o setor jurídico da Prefeitura entrou com um
processo solicitando a ilegalidade da greve.
Os professores retornam as
salas de aula de cabeça erguida, mas fica a lição. O principal porta voz do
prefeito, na mesa de negociação, abandonou a história e traiu a categoria pois
tinha conhecimento do processo para decretar a ilegalidade da greve.
A nossa voz soma em defesa e
solidariedade ao justo movimento grevista dos professores e destaca que a
história é sinônimo de coerência, lealdade e firmeza ideológica, pois lutar por
direitos é garantir as conquistas da categoria. Nunca vamos abrir mão da
coerência pelas migalhas do poder.
VIVA
A LUTA DOS PROFESSORES MUNCIPAIS DE GUANAMBI EM DEFESA DE UMA EDUCAÇÃO DE
QUALIDADE E PELA VALORIZAÇÃO DA CATEGORIA.
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