ESPECIAL: A PRIMEIRA USINA DE ALGODÃO DE GUANAMBI- 1912


Texto: O Popular com informações de Dário Cotrim,  Terezinha Teixeira e Odon Amaral. 

Foto 1:  O pioneiro Sr. Izauro Santos transportando algodão para o norte de Minas Gerais.

Em 1912, o engenheiro agrônomo, fazendeiro e político, Mário Teixeira, instalou na Vila de Beija-flor (hoje Guanambi), na margem esquerda da grande lagoa, atual Bairro Brindes, a primeira usina movida a força motriz da região, denominada “Empreza industrial Sertaneja”, a qual produzia não somente a pluma, mas também óleo e torta de algodão, além da fabricação de sabão com a mesma matéria-prima.

Houve dificuldades para o transporte do maquinário de instalação da usina. Foram necessárias 40 juntas de bois para transportar a grande caldeira do Porto de Malhada até a Vila de Beija-flor.

Sua instalação foi um fato extraordinário que motivou o homem sertanejo de Beija-flor a dedicar-se com maior intensidade ao plantio do algodão, que se espalhou por todo o baixio e mais tarde sustentou a economia de Guanambi por um bom período.

A usina foi também um fator primordial para acelerar a emancipação política da Vila de Beija-flor, que foi desmembrada de Palmas de Monte Alto pela Lei Estadual de 14 de agosto de 1919.

Em 1937, Dr. Mário Teixeira, grande incentivador do setor comercial de Beija-flor, vendeu a referida usina para seu irmão, Dr. Oscar Spínola Teixeira, que depois de alguns anos também a vendeu ao Sr. Pedro Francisco de Moraes, o qual a manteve em funcionamento por muito tempo. Após a usina de algodão ser desativada, Pedro Morais, instalou na década de l960, no mesmo local, a primeira indústria de torrefação de café, "Café Brindes".

Foto 2:  Lagoa do Riacho do Belém tendo ao fundo as instalações da Usina Sertaneja).



Foto 3: Rótulo do Café Brindes fundado em Guanambi por Pedrinho Moraes. 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Governo vai construir 31 sistemas de abastecimento em municípios das microrregiões do Vale do Paramirim e do Algodão