A Fiol na espera dos chineses. E do próximo presidente também
A TARDE
Levi Vasconcelos
Se o governo de Michel Temer cumprir o que prometeu e licitar o resto dos 125,5 km do lote 1 da Ferrovia Oeste Leste (Fiol), até este ano, as obras do Porto Sul, em Ilhéus, serão iniciadas em janeiro de 2019. Será que dá?
Nem a deputada Ivana Bastos (PSD), presidente da Comissão da Fiol da Assembleia, uma entusiasta do projeto, bota muita fé.
– Está um pouco difícil.
A questão é que o prazo para o governo firmar tais contratos termina dia 30, por conta da eleição.
Quase realidade —Apesar de estar em vias de consolidar mais um atraso, Ivana diz que a Fiol é quase uma realidade, apesar das circunstâncias e do momento não ajudar muito: no trecho Ilhéus-Caetité, que interessa aos chineses e à Bamin, o Lote 2 (117 km) está 83,8% executado, o Lote 2A, o túnel Mandacaru, em Jequié, está pronto, o 3 (115 km), com 95,5%, o 4 (89,2%, 178 km), com 76,6%, e o 1 com apenas 40,3%.
A banda mais atrasada, a parte que está por conta da Valec, entre Caetité e Barreiras, só o Lote 5A, a ponte sobre o rio São Francisco, está com 89,2% pronto. Os demais, menos de 20%.
Segundo Ivana, no Porto Sul ainda há um probleminha. Está valendo uma decisão da juíza federal Letícia Daniel Bolsonário que proíbe a supressão da vegetal na área, aguardando uma reunião de conciliação com o Ministério Público e empresários. No mais, é esperar a eleição.
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