Veja o que pode mudar no cenário político regional com a abertura do prazo para mudança de partido

Agência Sertão
- Tiago Marques
A partir deste segunda-feira (5), políticos com mandato que pretendem 
disputar as eleições deste ano poderão mudar de partido, o prazo 
para mudança se encerra no dia 7 de abril. No cenário regional, 
apenas dois pré-candidatos devem migrar de legenda, a maioria dos 
postulantes a uma vaga na Assembleia ou na Câmara Federal 
devem permanecer nas legendas atuais, o prazo vale também para 
desincompatibilização.
No âmbito da disputa ao governo do Estado, Rui Costa (PT) é candidato a reeleição e ACM Neto (DEM), 
prefeito de Salvador, ainda estuda se será candidato na disputa que deve ser polarizada entre os dois 
grupos políticos, ambos buscam fechar alianças. Rui Costa deve ter como vice novamente João Leão (PP), 
enquanto a oposição ainda espera a definição de ACM Neto se sai ou não candidato.
A disputa por duas vagas do senado pode ter Alice Portugal (PCdoB) e Jaques Wagner (PT) pelo 
lado de Rui, embora outros partidos possam reivindicar uma indicação de candidatura. O nome do 
presidente da Alba, Ângelo Coronel (PSD) também aparece nas especulações. Do lado de ACM Neto, 
o deputado federal Antônio Imbassaí (PSDB) e o prefeito de Feira de Santana Zé Ronaldo (DEM) figuram 
como favoritos à disputa. Bruno Reis (MDB), José Carlos Aleluia (DEM) e Jutahy Magalhães (PSDB) 
também surgem como opções. O prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), defendeu 
a vice-governador.

Assembleia Legislativa

Entre os postulantes à reeleição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Luiz Augusto, do PP, 
pode deixar o partido e se ingressar no PR. Luiz Augusto deve acompanhar o deputado federal Ronaldo 
Carletto (PP) que negocia sua ida para o PR, mesmo partido do deputado federal Zé Rocha. A ideia é 
fortalecer o partido e negociar a inclusão de um dos dois deputados federais na chapa majoritária, seja 
como candidato a vice de Rui Costa (PT), seja a uma vaga ao Senado. Luiz Augusto pode encontrar 
um caminho mais difícil para sua reeleição este ano, deputado há quatro mandatos, ele teve o apoio 
enfraquecido em algumas cidades da região devido ao crescimento de seus adversários. No entanto, 
ele pode surpreender mais uma vez com votos vindos de outras regiões do Estado, como a região 
de Itaberaba, onde mantém base eleitoral. Luis Augusto está no PP desde 2006 e vai tentar seu quinto 
mandato na Alba, em 2014 ele teve 47.831 votos.
Ivana Bastos (PSD) vai continuar na sua atual legenda, ela tem a confiança do líder do partido no estado, 
o senador Otto Alencar. Em 2018 ela vai tentar seu terceiro mandato na Assembleia Legislativa. Ivana viu 
sua votação crescer após o seu primeiro mandato, em 2010 ela foi eleita pela primeira vez com 46.401 votos 
pelo PMDB. Em 2014, já pelo PSD, a deputada conseguiu 60.899 votos em sua reeleição. Mesmo com o
 crescimento, Ivana não pretende arriscar voos mais altos na política em 2018 e não vai almejar cargos 
maiores por enquanto.
Vitor Bonfim (PDT) também não deve mudar de legenda, licenciado do cargo de deputado estadual, 
o político assumiu a Secretaria de Agricultura do Estado, o que possibilitou a pulverização de sua 
influência para outras regiões. Cogita-se a hipótese de uma tentativa de ascensão ao cargo de deputado 
federal e uma dobradinha com irmão Guilherme Bonfim para o cargo de estadual, no entanto é pouco 
provável que isso aconteça, pois o secretário trabalhou em suas bases nos últimos anos para concorrer 
a reeleição e mudar de planos a essa altura do processo é complicado, uma vez que seus apoiadores 
já escolheram alguém para apoiar na disputa da Câmara Federal. Em poucos anos, Vitor saiu de vereador 
eleito menos votado de Guanambi para deputado estadual, na vaga deixa pelo seu pai, João Bonfim, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/BA). Com pouco tempo de mandato, foi chamado para o cargo de secretário de Agricultura, onde permanece até hoje.
O ex-prefeito de Caculé Luciano Ribeiro (DEM) é o único nome forte na região de oposição ao governo 
de Rui Costa. Após dois mandatos como prefeito, Ribeiro foi eleito de primeira para deputado estadual em 
2014. Ele assumiu recentemente a liderança da oposição na Alba e vai tentar a reeleição este ano.

Câmara Federal

Na Câmara Federal quem deve mudar de sigla é Arthur Maia (PPS), ele deve migrar para o DEM. 
Maia poderia ir para o MDB, numa articulação com o ex-governador Nilo Coelho (PSDB) e o prefeito 
de Vitória da Conquista Herzem Gusmão (MDB) para controlar o partido na Bahia. No entanto, a permanência 
dos irmãos Vieira Lima à frente do partido pesa negativamente na articulação. Contra Arthur Maia 
nessas eleições pesa a participação efetiva na defesa de pautas do governo Temer, principalmente a 
relatoria da reforma da previdência. Em seu favor, a aproximação com o governo permitiu ao deputado 
indicar mais recursos para prefeituras e fortalecer sua base política.
Vindo de outras regiões, Daniel Almeida (PCdoB), candidato mais votado em Guanambi no ano de 2014, 
ainda deve aparecer com força no cenário local. É provável que o deputado tenha o apoio do vice-prefeito 
Hugo Costa (PSD) e de seu irmão Paulo Costa (PCdoB). Outro político bem votado em 2014 na cidade 
foi Josias Gomes (PT), em 2018 ele deve voltar a ter o apoio de parte do PT municipal. Waldenor 
Pereira também costuma conseguir votação expressiva em alguns municípios da região de Guanambi.
Em busca de um primeiro mandato na Câmara Federal, dois candidatos devem sair da região. 
O outro pré-candidato vem de Guanambi, o ex-prefeito Charles Fernandes (PSD) se filiou 
no fim do ano passado no PSD. Fernandes está em pré-campanha intensa desde que passou o 
comando da prefeitura para Jairo Magalhães (PSB) no ano passado. Com o apoio do atual prefeito, 
Charles deve conseguir votação expressiva em Guanambi, no entanto tem encontrado dificuldades 
para fechar apoios com prefeitos da região. Até o momento, o pré-candidato conseguiu apoio com alguns 
grupos oposicionistas e lideranças de menor expressão. Para se mostrar competitivo até o início da campanha, 
Charles vai precisar do apoio de alguns prefeitos em sua campanha.

Calendário Eleitoral

Mudança de Partido – até 7 de abril os políticos com mandato poderão mudar de partido.
Desincompatibilização – até 7 de abril para nomeados em cargos de confiança ou prefeitos que pretendem 
concorrer em 2018. Servidores Públicos que pretendem se candidatar devem solicitar licença até 7 de julho.
Domicílio Eleitoral – até 9 de maio é o prazo que o eleitor tem para transferência de domicílio eleitoral e 
regularização ou atualização do título.
Propaganda Intrapartidária – de 5 de julho a 5 de agosto os políticos podem se autopromover junto dos 
filiados de seu partido par que o escolham como candidato.
Conduta Vedada – A partir do dia 7 de julho os agentes públicos estão sujeitos às vedações do período eleitoral.
Voto em Trânsito – de 17 de julho a 23 de agosto os eleitores que estiveram fora do domicílio eleitoral 
podem solicitar o voto em trânsito para presidente da república.
Convenções Partidárias – de 20 de julho a 5 de agosto os partidos devem realizar convenções para 
escolha de coligações e candidatos.
Proibição de Enquetes – a partir de 20 de julho esta vedada a realização de enquetes relacionadas à eleição.
Registro de Candidaturas – de 20 de julho a 15 de agosto a Justiça eleitoral receberá os registros de candidaturas.
Propaganda Eleitoral – de 16 de agosto a 5 de outubro os candidatos podem fazer propaganda nas ruas e
 na internet.
Propaganda Eleitoral II – de 16 de agosto até às 22h do dia 6 de outubro pode ser realizada a 
distribuição de material gráfico, propaganda em carro de som e passeatas e carreatas.
Propaganda em Rádio e TV – de 31 de agosto a 4 de outubro acontece a propaganda eleitoral 
gratuita no rádio e na TV.
Julgamento de Candidaturas – até 17 de setembro a Justiça Eleitoral deve julgar os pedidos de candidatura.
Restrição de Prisão/candidato – de 22 de setembro a 7 de outubro nenhum candidato pode ser preso, 
salvo em flagrante delito.
Restrição de Prisão/eleitor – Das 17h do dia 2 até 9 de outubro, nenhum eleitor pode ser preso, salvo por 
flagrante delito ou por sentença por crime inafiançável.
Debates e Comícios – 4 de outubro é o último dia para realização de atos de campanha.
Primeiro Turno – No dia 7 de outubro acontece a votação em primeiro turno.
Segundo Turno – No dia 28 de outubro acontece a votação em segundo turno.

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