Agricultores de algodão do Oeste baiano estão na expectativa de colher a melhor safra dos últimos sete anos

Claudia Lessa 

A TARDE - PORTAL MUNICÍPIOS



A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA) avalia que, com o plantio de 
algodão finalizado e com as chuvas regulares, os agricultores terão a melhor safra nos 
últimos sete anos. Foram plantados cerca de 263,4 mil hectares, o que corresponde a um 
aumento de 32,5% em relação à área da safra passada, segundo o presidente da entidade, 
Júlio Cézar Busato. “Caso a pluviosidade se mantenha no ritmo esperado até o final de abril, 
a região Oeste da Bahia deve garantir o potencial produtivo das lavouras, repetindo as 
310 arrobas por hectare, com alguns talhões chegando a produzir 500 arrobas/hectare”, 
afirma.

Para garantir uma boa produtividade, Júlio Busato explica que a ABAPA conta com o 
empenho de todos os produtores, líderes e toda a cadeia produtiva “na manutenção e 
desenvolvimento de ações que visem as boas práticas nos manejos fitossanitários para 
o controle do bicudo e outras pragas e doenças que afetam a cultura do algodoeiro”. Com 
a expectativa de uma boa safra, ele acredita que o interesse na pluma vai ser mantido 
com o crescimento da área plantada na próxima safra 2018/2019.

Ainda segundo o presidente da ABAPA, em três ou quatro anos os agricultores retornem 
à máxima capacidade instalada do algodão no Oeste baiano, podendo atingir em torno 
de 400 mil hectares. “Mesmo em tempos difíceis de baixa pluviosidade com ataque mais 
severos de bicudo, por exemplo, fizemos a lição de casa e continuamos investindo 
em tecnologia. E, com as chuvas regulares, mesmo em menor área, poderemos ter pelo segundo ano consecutivo uma safra de algodão recorde na Bahia”, afirma.

O coordenador do programa fitossanitário da ABAPA, Antônio Carlos Araújo, também 
está otimista na redução dos riscos de disseminação de doenças e pragas no algodão. 
“Nossas equipes estão percorrendo as áreas agrícolas para identificar e quantificar 
possíveis infestações. Há relatos em algumas propriedades de casos pontuais de pulgão, 
mosca branca, acaro rajado e da lagarta Spodoptera spp, e em poucas propriedades os 
primeiros focos do bicudo. É recomendado, a partir de agora, maior atenção do produtor 
para as aplicações corretas por parte dos produtores para minimizar as possíveis perdas”, 
afirma.


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