PREFEITOS DA BAHIA VÃO A BRASÍLIA PEDIR APORTE DE R$ 150 MILHÕES A TEMER

BAHIA ECONÔMICA
03/11 - 14:09hs -

Para tentar amenizar os problemas resultantes da falta de verbas, prefeitos de todo o Brasil vão a Brasília no próximo dia 22 de novembro para pressionar senadores e deputados federais. Eles querem a liberação emergencial, pelo governo federal, de R$ 4 bilhões para que as prefeituras fechem as contas de 2017 - destes, cerca de R$ 150 milhões para a Bahia. A ação integra a campanha Não Deixem os Municípios, da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Em entrevista recente ao Bahia Econômica Eures Ribeiro presidente da UPB Bahia explicou que os municípios estão com dificuldade para fechar as contas. “Nós fomos até Brasília buscar uma solução para os municípios do Brasil, mas o governo federal alega que o país está em crise e acaba não aumentando os repasses para os municípios. Muito pelo contrário, estamos sofrendo com reduções. Eu acho isso muito triste, mas é uma realidade. Se fizermos uma comparação com o ano passado veremos que houve uma redução de 20% nos repasses para os municípios da Bahia. Algumas prefeituras estão com muita dificuldade para fechar suas contas”, explicou Eures ao portal.  

A atualização do valor repassado referente aos programas federais também está na pauta de reivindicações. O objetivo é reunir mais de 20 mil pessoas, entre prefeitos e lideranças políticas municipais, em Brasília. No final de outubro, cerca de 350 prefeitos baianos marcharam para protestar contra a situação e pedir o apoio de deputados estaduais e congressistas do estado na pauta municipalista junto à União. No dia da marcha, as prefeituras fecharam as portas e uma audiência pública foi feita na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

“Os governos federal e estadual jogam todo o peso nas costas das prefeituras e quem sofre é o povo”, queixa-se o prefeito de Sítio do Mato, na região do Vale do São Francisco, Alfredo de Oliveira Magalhães Junior (PDT). A principal queixa dos prefeitos baianos é em relação à divisão do bolo tributário. Hoje, de tudo que é arrecadado no país, 50% do valor fica com a União, 31% do montante vai para os estados e 19% são repassados aos municípios. “É totalmente desproporcional. Os municípios não suportam mais carregar esse peso”, frisa Eures.

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