'Seu Maxixe' completa 10 anos de carreira e faz show para celebrar: 'Ainda é o começo!'

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por Bárbara Gomes
'Seu Maxixe' completa 10 anos de carreira e faz show para celebrar: 'Ainda é o começo!'
Foto: Paulo Victor Nardal / Bahia Notícias

A brincadeira de fazer música sertaneja entre amigos virou realidade para a banda “Seu Maxixe”, que está completando 10 anos e vai comemorar com um show em Salvador no dia 20 de abril. O vocalista Berguinho esteve na redação do Bahia Notícias nesta semana para compartilhar o momento de celebração, relembrar a trajetória do grupo e adiantar os preparativos do show. “São 10 anos intensos. Quando começou teve uma repercussão que a gente não esperava. Em 2008 e 2009 tivemos uma ascensão muito rápida e depois veio a fase de provação: ‘será que é uma coisa passageira?’. Em seguida, percebemos que a banda veio pra ficar”, comemorou o vocalista. “Seu Maxixe” começou quando o sertanejo ainda era um estilo distante na terra do axé. “Há 10 anos ninguém acreditava, ninguém assumia o gênero, acabava mesclando o repertório... E a gente assumiu, eu me caracterizei, com bota, chapéu e tocava Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo, Leonardo... Eu sentia uma facilidade em trabalhar isso e enxerguei como um mercado. Hoje há mais facilidade. Se você olhar as músicas mais tocadas, as primeiras são sertanejas. Esse estilo precisa desse representante na Bahia e eu espero que a gente continue sendo. São dez anos de muito trabalho e expectativa, porque a gente acredita que ainda é o começo”, ressaltou Berguinho. Para ele, a diferença da banda precursora do sertanejo soteropolitano é manter “o sotaque da Bahia com o romantismo do gênero musical”.

Com o passar do tempo, a banda mostrou um repertório mais flexível e abraçou outros gêneros. “A gente nunca teve esse preconceito com outro estilo. Eu venho de Natal, Rio Grande do Norte, onde tem que cantar tudo, eu venho de banda de baile e trouxe essa essência pro grupo. Mas damos preferência às músicas com as quais nos identificamos. Vando, Amado Batista, Marisa Monte, Fábio Júnior, cantamos de tudo”, afirmou o vocalista. Até mesmo a batida do pagode é tocada nos shows, como Harmonia do Samba e Léo Santana. “O sertanejo também bebe de várias fontes, do pagode e do pop, por exemplo. E no nosso repertório tem um pouco de tudo”. O show para celebrar o aniversário de carreira da banda vai contar com os sucessos que marcaram a trajetória, com destaque para “HD (Cego, Surdo e Mudo)”, primeira canção gravada por “Seu Maxixe”. “’Coração Sem Noção” (Canudinho), cantada por Claudia Leitte, Wesley Safadão e Harmonia do Samba é outra música que deu uma visibilidade pra gente, além de ‘Toca Um Arrocha Aí’, que citamos Pablo, e reconhecemos que esse movimento é nosso porque o sertanejo assumiu”, completou Berguinho. Ao falar das canções, o cantor reconheceu que o aspecto que mais se transformou na última década é a questão da velocidade do mercado musical. “A cada dois meses você precisa lançar uma música nova. Com a velocidade da internet você ‘estoura’, mas daqui a pouco a galera enjoa e aí você precisa lançar outra. Essa velocidade é real. Não existe mais o negócio de trabalhar o álbum um ano inteiro”, avaliou.

O hit mais recente do grupo foi lançado em janeiro de 2017, “Bumbum Sedam”, em parceria com Léo Santana. “Foi uma batida para o verão”, contou Berguinho, que já está preparando outras músicas. “Temos 12 canções selecionadas pra gravar material novo. Faremos um DVD, mais intimista, em comemoração aos 10 anos”, adiantou. O show que acontecerá no Harmazém Hall, no dia 20 de abril, com abertura do cantor Silvano Salles, será uma prévia para esse novo projeto. “Pretendo convidar os sertanejos de Salvador para participar desse show, mas vai depender da agenda deles. Também estamos convidando a galera de outros gêneros que fizeram parte da nossa carreira, como Xanddy do Harmonia do Samba”. Com um repertório extenso e a previsão de cantar com alguns convidados especiais, a apresentação da banda deverá se estender por mais de 3 horas. Para finalizar, uma das principais intenções do grupo ao completar uma década de carreira é expandir o trabalho. “Estamos muito atentos: não só resgatar, mas renovar o público para que continuemos por mais 10 anos”, concluiu Berguinho.


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