Prefeito de Guanambi diz que foi mal interpretado
- Dinaldo dos Santos
Depois da repercussão negativa do decreto
instituído pelo prefeito de Guanambi, Jairo Magalhães (PSB), o gestor da cidade
localizada no sudoeste baiano disse que houve uma “má interpretação do conteúdo
de seu texto”.
Em entrevista ao Aratu Online, Magalhães
afirmou que o seu decreto não fez referências a pessoas ou doutrinas
religiosas. Segundo o prefeito, as referidas “forças espirituais do mal” estão
relacionadas com tudo aquilo que não é bom para a cidade.
Na última segunda-feira (2/1), no primeiro dia do
seu novo mandato, o prefeito editou um decreto no Diário Oficial
determinando a “entrega” da chave do município a Deus. “Declaro que esta cidade
pertencente a Deus e que todos os setores da prefeitura municipal estarão sobre
a cobertura do altíssimo”. Em outro trecho do documento cancela atos religiosos
realizados por outras religiões. “Cancelo em nome de Jesus, todos os pactos
realizados com qualquer outro Deus ou entidades espirituais”
“Falo do mal como tudo o que não é bom para cidade.
Corrupção, violência e desrespeito aos direitos das crianças. Isso envolve tudo
e todos que não são bem intencionados”, relatou o prefeito.
Jairo Magalhães admite ser cristão, defensor do
Estado Laico e contra qualquer tipo de intolerância religiosa. “Quando uma
pessoa chega para mim, não quero saber qual é a sua religião, porque valorizo
[elas] pelos seus atos”, afirmou.
Em seu decreto, publicado no Diário Oficial do
Município, o prefeito declara que a cidade pertence a Deus e cancelou, “em nome
de Jesus, todos os pactos realizados com qualquer outro Deus ou entidades
espirituais”.
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