Órgãos fiscalizadores apuram denúncia de vazamento de urânio em Caetité

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12 Dez 2016 - 13h00


Órgãos fiscalizadores apuram denúncia de vazamento de urânio em Caetité
Foto: Reprodução/Eco Debate

O Instituto do Meio Ambiente (Ibama) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) estiveram na mineração de urânio, em Caetité, a fim de investigar um suposto vazamento. A fábrica que o Programa Nuclear Brasileiro montou em Caetité para concentrar o minério extraído pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) é considerada uma bomba-relógio, desde a sua construção pela Odebrecht e empreiteiras terceirizadas. De acordo com o site Eco Debate, os fatos mostram que a obra correu sem o rigor e a fiscalização técnica exigidas para manipulação de produtos de extrema periculosidade, como é o caso do urânio. Isto explica, em parte, os vazamentos em série, de licor ou pó radioativos, ocorridos na unidade de concentrado de urânio da INB. 
Órgãos fiscalizadores apuram denúncia de vazamento de urânio em Caetité
Foto: Reprodução/Eco Debate

As causas apontadas estão entre a insegurança técnico-operacional, irresponsabilidade gerencial, inadequação da estrutura da planta industrial e equipamentos obsoletos. Em abril de 2000, milhões de litros de licor de urânio vazaram para o solo. Os problemas são conhecidos pelos órgãos fiscalizadores da atividade nuclear desde sempre. Documentos oficiais da CNEN e do Ibama relatam falhas não resolvidas pela INB. Desde 2004, fiscais da CNEN já apontavam as possibilidades de contaminação do lençol freático. Aliás, muito antes, o Estudo de Impacto Ambiental indicava o risco de contaminação das águas superficiais e subterrâneas, entre os prejuízos que a mineradora traria para a região.

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