Apertar o cinto, o tom para os novos prefeitos

A TARDE - TEMPO PRESENTE
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Dos 417 prefeitos baianos, 340 são novos, apenas 77 reeleitos. Eles sabem que a partir de 1º de janeiro vão enfrentar um cenário ruim, de dificuldades, o mesmo que fez 109 desistirem de tentar a reeleição este ano e 127 perderem o mandato.
A busca por informações que os ajude a passar o momento de sufoco ficou evidente ontem no encontro de orientação promovido pelo TCM e UPB, no Fiesta.
Maria Quitéria (PSB), prefeita de Cardeal da Silva e presidente da UPB, que durante os seus oito anos (em dois mandatos) nunca teve uma conta rejeitada, diz que a tarefa é árdua.
– Sofri. Tive que demitir para não infringir a Lei de Responsabilidade. E recomendo que fiquem atentos a cada quadrimestre. Ou temos que demitir ou cortar contratos.
Quitéria diz que nestes tempos de crise uma das saídas é a busca de parcerias público-privadas (PPPs) para atrair investimentos e até gerar empregos.
– O senso comum acha que PPP é só para Fonte Nova e grandes obras. Não. E a Caixa tem dinheiro para PPP.
A lição de Eures: 'Não roubar' — Eures Ribeiro (PSD), prefeito de Bom Jesus da Lapa, fez a diferença nas eleições deste ano. Ao contrário da grande maioria dos colegas, que desistiu ou perdeu, ele se reelegeu com 78% dos votos, o campeão entre os reeleitos, superando até mesmo os 73% de ACM Neto. Ele diz que a chave do sucesso é simples:
– Não roubar e nem deixar roubar. Eu nunca deixei nenhum secretário fazer qualquer despesa sem o meu conhecimento. O senso comum dita que o dinheiro público não é de ninguém e o meu dita o inverso: é de todos nós. E eu acho que no ato de roubá-lo está a mãe de todas as desgraças. Os problemas de segurança, nas escolas, na saúde, nascem daí.
Falou e disse. Assinamos embaixo.

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