Consórcio do Alto Sertão e Observatório FG divulgam pesquisa sobre resíduos sólidos urbanos em municípios do Sudoeste da Bahia
Os
resíduos sólidos são classificados de acordo com a sua natureza física,
composição química (orgânico ou inorgânico), periculosidade e origem
(industrial, de saúde, da construção civil, entre outros). A produção de
resíduos sólidos vem aumentando consideravelmente a cada ano, com estimativa
que, até 2050, a produção chegará a 1,5 trilhões de toneladas de lixo anual
em nível mundial.
De
acordo com o Atlas do Saneamento Básico do IBGE, os lixões são áreas onde são
depositados os resíduos sólidos sem nenhum tratamento nem preparo do solo do
terreno, contaminando assim todo o lençol freático e a população que utiliza
esse recurso hídrico. Já o aterro controlado é uma fase intermediária entre o
lixão e o aterro sanitário, e mesmo sendo inadequada do ponto de vista
ambiental é o mais utilizado pelos municípios de pequeno porte.
Semiárido
Nordestino em parceria com o Consócio dos Municípios do Alto sertão da Bahia.
O estudo foi apresentado no V Congresso de Desenvolvimento Social da
Universidade Estadual de Montes Claros e teve como objetivo analisar a
destinação dos resíduos sólidos de 13 municípios participantes do Consórcio
Público de Desenvolvimento Sustentável do Alto Sertão, localizado a Sudoeste
do semiárido baiano, no ano de 2015.
Foram
considerados os municípios de Caculé (22.236 hab.), Caetité (47.515 hab.),
Guanambi (78.833 hab.), Ibiassucê (10.062 hab.), Igaporã (15.205 hab.), Lagoa
Real (13.934 hab.), Malhada (16.014 hab.), Matina (11.145 hab.), Palmas de
Monte Alto (20.775 hab.), Pindaí (15.628 hab.), Riacho de Santana (30.646
hab.), Sebastião Laranjeiras (10.371 hab.) e Urandi (16.466 hab.) na
pesquisa.
Segundo
dados da pesquisa, os resíduos sólidos dos treze municípios analisados são
destinados aos lixões e aterros controlados sem nenhum tratamento prévio ou
manejo adequado, sendo descartados a céu abertos. O estudo também
apontou que 62% (oito municípios) ainda não possuem Plano de Resíduos Sólidos
e 31% (quatro municípios) o plano está em fase de execução e 8% possuem o
plano instituído pela legislação vigente.
Nesse
contexto, mesmo sendo obrigatórios os planos de resíduos sólidos os
municípios analisados não atendem aos pareceres atribuídos pelo ordenamento
jurídico. O estudo chama a atenção para a robustez da gestão dos resíduos
sólidos nos municípios do semiárido Brasileiro e para a mudança de paradigmas
em relação à disposição adequada, o tratamento, reciclagem e reutilização dos
resíduos sólidos.
Atualmente,
o consórcio dos municípios do alto sertão está articulando com empresas da
região e o Observatório FG a constituição dos planos de saneamento básico e
resíduos sólidos. Saiba mais sobre o Observatório FG do Semiárido Nordestino
no site:http://observatorio.faculdadeguanambi.edu.br/
|
Comentários