CONTABILIDADE DA ODEBRECHT INDICA PAGAMENTO DE PROPINA DESDE 1988

23/03 - 11h01m
BAHIA ECONÔMICA

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Documentos de 1988 que circularam no departamento financeiro da Odebrecht, em Salvador - e chegaram à CPI da Petrobras e à força tarefa da Lava-Jato em Brasília no ano passado -, mostram que a contabilidade da propina feita pela construtora nos últimos anos segue padrões do tempo do fundador da empresa, Norberto Odebrecht.

Assim como na contabilidade apreendida recentemente pela Lava-Jato, agentes públicos e políticos apareciam nas planilhas de 30 anos atrás como "parceiros". O uso de codinomes é outro modus-operandi que vem desde aquela época.

Exemplares dessa contabilidade ficaram guardados por cerca de 20 anos com uma ex-secretária do departamento financeiro da Odebrecht, Conceição Andrade, hoje uma aposentada septuagenária. São planilhas com valores ligados a obras públicas e codinomes de políticos e recibos de transações bancárias e remessas de recursos ao exterior.

Conceição disse nesta terça-feira que não havia dúvida naquela época de que se tratava de propina. “Muitos desses manuscritos entregues à CPI eram bilhetes que eu recebi do meu gerente para operacionalizar os pagamentos. Eu embalei muito dinheiro em caixas”. Ela foi desligada da empresa nos anos 1990. Conceição contou que os documentos foram parar na casa dela por engano após a demissão, encaixotados com seus pertences.

Sem nunca terem se conhecido, Conceição é uma antecessora de Maria Lúcia Tavares, a secretária que controlava os lançamentos de propina da empreiteira, foi presa e delatou o funcionamento dessa estrutura à Lava-Jato. Os documentos foram entregues por ela ao deputado Jorge Solla (PT-BA), que os enviou à CPI. (O Globo)

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