SÉRGIO FARIA - O CENTENÁRIO DE VASCO NETO

BAHIA ECONÔMICA
Nos dias atuais, quando a sociedade se encontra profundamente abalada por grave crise e se ressente de exemplos de homens úteis e dotados de verdadeiro espírito público, desejo dar início, com propositada antecedência, às homenagens pela passagem do primeiro centenário do Professor Vasco Azevedo Neto, a se comemorar no dia 25 de fevereiro deste ano.

Muito se tem dito e muito se poderá dizer sobre a personalidade deste ilustre mineiro de Guaxupé, que viria a se tornar cidadão baiano, num ato de justiça e de gratidão da nossa gente, mas, instado a resumir em uma palavra a biografia de Vasco Neto, não hesitaria em dizer que ele foi, antes de tudo, um exemplo.

Exemplo de caráter, cidadão honrado, inteligência privilegiada e homem de vasta cultura; exemplo de engenheiro e professor; exemplo de político na melhor acepção da palavra; exemplo de companheiro, pai e amigo; exemplo de ser humano dotado de extraordinária sensibilidade e simplicidade; exemplo de convicção inabalável do seu papel de agente transformador dentro da sociedade.

Formado engenheiro em 1939, fez da Engenharia seu instrumento de luta, foi orador da sua turma e seguiu desbravando caminhos, projetando e construindo estradas. A sua atuação profissional foi sempre marcada pelo entusiasmo, competência, dedicação e, sobretudo, pela observância de princípios éticos e morais no exercício da engenharia.

Como político, protagonizou o debate em torno dos grandes temas, a exemplo da educação, macroplanejamento dos transportes, integração e desenvolvimento nacional.
Iniciou suas atividades como professor na Escola Politécnica em 1956, e logo se destacou, sendo escolhido paraninfo já na sua primeira turma, cena que se repetiria em outras quatro oportunidades.

Ainda no magistério superior, foi Livre Docente (1959), Professor Titular (1964), fundou o Departamento de Transportes da Escola Politécnica (1967) e consagrou sua carreira com o título maior de Professor Emérito da Ufba (1997).

Ao longo de sua profícua existência, defendeu temas que permanecem atuais: a valorização dos sistemas ferroviário e portuário; a integração continental; a utilização de critérios racionais para locação de investimentos estratégicos e o desenvolvimento de um mecanismo eficaz de financiamento da infraestrutura dos transportes.



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