Deputados que debatem acidente e lei de mineração receberam R$ 6,6 mi do setor

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Foto: Divulgação
Doações declaradas à Justiça Eleitoral foram feitas aos comitês dos candidatos ou aos diretórios dos partidos
Empresas mineradoras doaram ao menos R$ 6,6 milhões às campanhas de deputados federais que tratam diretamente do novo Código de Mineração e aos parlamentares da comissão externa da Câmara criada para monitorar os efeitos do rompimento das barragens da Samarco no município de Mariana, em Minas. Nesta segunda-feira, 16, eles estarão em visita à região do desastre. As doações declaradas à Justiça Eleitoral foram feitas aos comitês dos candidatos ou aos diretórios dos partidos. Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo no banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que 28 dos 36 deputados de três comissões sobre mineração receberam doações do setor no ano passado. Na recém-criada comissão especial para discutir o Código de Mineração, 11 dos 20 parlamentares já indicados receberam R$ 3,39 milhões. O valor pode aumentar, uma vez que ainda faltam sete indicações para o colegiado. Dos 18 deputados do grupo que viajará a Mariana, 13 foram financiados por mineradoras, no total de R$ 2,5 milhões. A Vale, controladora da Samarco com a BHP, doou R$ 4,2 milhões a deputados, segundo o Estadão Dados. A reportagem só contabilizou empresas que trabalham com mineração em seus grupos. Membro da comissão externa, o deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG) foi o que recebeu no grupo o maior volume de doações diretas ou indiretas, feitas via direção nacional de seu partido. Foram R$ 801,1 mil. Castro não atendeu às ligações nem respondeu a mensagens até as 20h50 de ontem.

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