VOTAÇÃO DE PROJETO QUE REAJUSTA SALÁRIOS DOS SERVIDORES É ADIADA PARA HOJE
Bahia Econômica
As agitações previstas para acontecer ontem na Assembleia Legislativa da Bahia por parte dos servidores do Estado, contrários à proposta de reajuste salarial parcelado, foi transferida para o plenário e a votação dos dois projetos de lei de interesse do funcionalismo público foi adiada para hoje (6). Na semana passada, o Executivo passeou no parlamento baiano e cravou o placar de 38 deputados favoráveis à aprovação do requerimento de urgência das propostas de reajuste dos vencimentos em 3,5%, retroativos a março, e 2,8% a partir de novembro.
Mas, ontem, o que se viu no Legislativo baiano foi um governo sem a sustentação da sua ampla base de apoio no parlamento baiano, o que prova que os “problemas pontuais” com a base aliada, como a demora nas indicações de cargos, podem causar estragos à gestão petista. O governador Rui Costa (PT) já mandou recado e diz que não aceita chantagens. O seu articulador político, Josias Gomes, conforme fontes, nem atende mais os telefonemas dos deputados.
Por falta de quórum, a sessão foi derrubada. Na prática, a administração estadual tinha receio de sofrer a primeira derrota na Casa de Leis da Bahia, coisa inimaginável quando o Estado era administrado pelo ex-governador Jaques Wagner (PT), que contava com o seu famoso “rolo compressor”. Após cinco horas de obstrução dos oposicionistas, o líder do governo, deputado Zé Neto (PT), solicitou adiamento da votação.
Um dos exemplos das insatisfações do PSD é a perda do comando da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), responsável pela produção de insumos farmacêuticos. O diretor Geral, Ronaldo Dias, que tomou posse ontem, foi indicado pelo secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas. Das diretorias, apenas a deputada Ivana Bastos (PSD) emplacou um apadrinhado, o diretor Administrativo e Financeiro, Paulo Costa. Apesar das insatisfações, o PSD comanda a Secretaria de Infraestrutura, a Agerba e a Desenbahia, com o filho do senador Otto Alencar, presidente do partido na Bahia. (TB)
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