FIOL NA BAHIA LIGA MINERADORA EM CRISE A PORTO SEM DATA PARA OPERAR, DIZ O GLOBO

Bahia Econômica
04/05 - 16:44hs -
 
 
 
A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), um projeto de R$ 4,2 bilhões, é hoje um projeto cujo uso efetivo até o momento é um grande ponto de interrogação. A firmação é do jornal O Globo que, em longa reportagem, noticia o que o portal Bahia Econômica vem afirmando há meses.  
 
Segundo a reportagem, a Fiol, com previsão para estar concluída em meados do próximo ano, deverá ligar uma empresa de mineração com sérios problemas financeiros, a Bahia Mineração (Bamin), a um porto ainda cheio de indefinições.
 
A reportagem diz que apesar do ajuste fiscal, o governo vem mantendo a ferrovia entre suas prioridades no PAC, mas lembra que a queda de preço do minério de ferro e a situação crítica da sua controladora da Bamin Mineração, a Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC) colocaram o projeto em cheque. 
 
E afirma que a ferrovia chegará a um porto que ainda não tem prazo para entrar em operação. Segundo a reportagem, a insegurança em relação à capacidade da mineradora de tocar sozinha a obra levou o governo baiano a propor uma sociedade à Bamin para a construção do terminal por ela planejado, adaptando-o também a receber contêineres, como ocorreria no porto do governo.
 
Nesse novo projeto, o investimento se reduziria, mas para R$ 1,7 bilhão, mas mesmo assim, “está muito complicado”, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem. A reportagem ouviu o Ministério do Planejamento, que diz que a construção da Ferrovia Oeste-Leste está em andamento e é de relevância estratégica para a logística do país, pois consolida um corredor de exportação/importação e amplia o desenvolvimento econômico do estado da Bahia, de toda a região Nordeste e de parte da região Centro-Oeste.
 
“É uma obra prioritária e por isso integra a carteira de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e, mesmo com o cenário do ajuste fiscal, o governo federal tomará todas as medidas cabíveis para a manutenção do ritmo e cronograma das obras e coordenará sua execução juntamente com as obras do Porto Sul”, afirmou, o Ministério em nota. .
 
Outro trecho da ferrovia em construção, de 485 km e apenas 7,3% concluídos, que estende os trilhos até Barreiras (BA), também faz parte do custo total de R$ 4,2 bilhões da Fiol. Esse trecho menos avançado da obra já registra uma desaceleração maior no ritmo de trabalho em março, com queda no número de trabalhadores de 2.187 em fevereiro, para 1.827. A meta oficial é entregar o trecho até Barreiras em setembro de 2016.

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