A Tarde - Coluna Tempo Presente

Baianos travam luta para segurar Codevasf

Levi Vasconcelos, com Luiz Fernando Lima l tempopresente@grupoatarde.com.br
No bojo das pressões que Dilma está recebendo por conta do ajuste fiscal, o baiano Elmo Vaz, presidente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), entrou no olho do furacão: o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, pediu o cargo, fazendo chantagem, ameaçou não votar com o governo caso não tenha o pleito atendido.
Indicado por Jaques Wagner sob as bênçãos de Rui Costa, a demissão de Elmo ontem estava no prelo do Diário Oficial.
Mexeu com os brios dos baianos. Wagner estava no exterior, chegou ontem à tarde. À noite, esteve com Dilma tentando reverter o quadro. Pela manhã, Rui Costa ligou para o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil). O senador Otto Alencar (PSD) também ligou. E o vice-governador João Leão, que é do PP, disse que o partido se sente representado com Elmo na Codevasf.
A inquietação baiana tem a ver. Tradicionalmente a Codevasf era comandada por pernambucanos. Resulta que o projeto Baixios de Irecê, agora desencalhado, ficou 20 anos na gaveta. E Rui Costa tem na Codevasf, com o projeto Canal do Sertão (R$ 4 bilhões), uma das suas apostas.
Além disso, todas as ações de revitalização do São Francisco estão com Elmo. Se ele cair, a Bahia perde. E perde muito.
Outros planos
A demora na construção da Fiol e do Porto Sul foi discutida na Assembleia ontem. O secretário-chefe da Casa Civil, Bruno Dauster, diz que a ferrovia deve ficar pronta no segundo semestre de 2017.
E a mineradora Bamin, que deveria fazer o Porto Sul, vai receber ultimato:
- Se não começar a se movimentar até o final do ano, vamos pensar nos planos B, C e X. Não podemos correr o risco de ter uma ferrovia que liga o nada a lugar nenhum.

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