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FIOL: LIGANDO NADA A LUGAR NENHUM

Blog do Gusmão


Traçado da ferrovia.
Traçado da ferrovia.

Ismail AbédePor Ismail Abede

A ferrovia de interligação oeste leste (FIOL), com 1527 km de extensão, ligando a cidade de Figueirópolis-TO à Ilhéus-BA, tem tudo para se transformar em mais um grande “elefante branco” que custará bilhões aos cofres públicos e ao sofrido contribuinte brasileiro.

O trecho entre Caetité-BA e Ilhéus-BA, com 537 km de extensão, foi exigência da BAMIN, para que tivesse como escoar o minério de ferro de sua mina que faz parte do projeto Pedra de Ferro, comprado da ZAMIN e motivo de ação judicial na alta corte de Londres. A ENRC, empresa do Cazaquistão e dona da BAMIN, se nega à pagar o valor em aberto de US$ 220 Milhões para concluir o negócio, alegando que a licença de instalação do porto sul em Ilhéus, emitida pelo IBAMA, é ilegítima e que foi emitida em circunstâncias nebulosas.

 Segundo informações extraídas do site da VALEC, estatal encarregada da construção, “A principal finalidade desse trecho da FIOL será o transporte de minério de ferro a partir de Caetité, onde estão as minas da Bahia Mineração (BAMIN). O projeto da empresa prevê a condução do minério de ferro até o Porto Sul, importante complexo portuário previsto para ser construído nas imediações da cidade de Ilhéus.

O investimento no PAC é de R$ 4,2 bilhões no período 2010/2014 e R$ 33 milhões pós 2014, para o trecho Ilhéus/BA–Caetité/BA–Barreiras/BA.”

Mas devido aos atrasos, este valor já está mais alto e como qualquer obra desse porte no Brasil, difícil de prever.

Desde que a FIOL foi exigida pela BAMIN para ser construída com recursos públicos, o valor do minério de ferro caiu para menos da metade no mercado internacional, desabando de US$ 140 / ton para menos de US$ 70 / ton. E como o minério de ferro da mina de Caetité é muito pobre em concentração (32% de ferro), deve passar por um caro sistema de processamento para aumentar o teor e isto o torna menos competitivo para ser colocado no mercado. Tendo em vista que a mina de Caetité tem vida útil estimada entre 15 a 20 anos, isto torna o projeto pedra de ferro totalmente inviável atualmente.

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