AJUSTE FISCAL NÃO PODE COMPROMETER REVITALIZAÇÃO DO SÃO FRANCISCO, DIZ LÍDICE

Bahia Econômica
20/03 - 14:49hs -

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) disse nesta sexta-feira (20), em entrevista ao seu canal de rádio (www.soundcloud.com/radiolidice) que a revitalização do Rio São Francisco e de outras bacias hidrográficas importantes para o abastecimento na Bahia e no Brasil sejam prioridades no Governo Federal.

Mesmo com o ajuste fiscal e o corte de investimentos, a parlamentar baiana reiterou que essa prioridade tem que existir, pois está diretamente ligada à vida da população. “O governo precisa definir o que é indispensável e eu não tenho dúvida de que a revitalização do Velho Chico seja algo de extrema prioridade, assim como outras bacias na Bahia e no Brasil”.

Ela lembrou a crise hídrica de São Paulo e destacou que este já era um grande problema enfrentado no Semiárido Nordestino. “A crise hídrica não mais se limita ao Semiárido Nordestino, ela hoje é um problema sério em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Se nós não cuidarmos dos nossos mananciais, vamos enfrentar uma crise hídrica já anunciada por tantos especialistas, muito antes do que se imaginava”, disse.

A parlamentar falou ainda sobre o debate que está sendo realizado no Senado em torno do tema e disse que é preciso haver uma preocupação com as questões ambientais. “Na verdade, essas questões estão vinculadas ao meio ambiente. Há a necessidade de defesa das nossas bacias hidrográficas e, para isso, nós precisamos de leis e atuação que busquem a preservação das matas ciliares, das áreas ribeirinhas, que quando são discutidos no Código Florestal, distante da crise hídrica que estamos vivendo agora, é fácil tentar ideologizar, dizendo que é coisa de ambientalista, que nós não devemos nos preocupar. A crise que marcou o Sudeste Brasileiro é a demonstração do inverso”, disse a senadora.

A senadora baiana também fez uma alerta para a obra de transposição do Rio São Francisco. Segundo ela, não basta fazer a integração de bacias para viabilizar, levar água até os lugares com menos acesso. “É preciso mais que isso. É preciso proteger o rio, investir em sua revitalização. Estamos sob pena desse projeto da transposição não dar certo, porque não haverá água para garantir nem o rio da forma em que está e nem a sua transposição”, alertou.

De acordo com Lídice, é preciso realizar um trabalho com as nascentes e afluentes do Velho Chico, com recuperação e recomposição das matas ciliares.

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