Apelo aos gestores da cultura e turismo

Yacoce Simões - Banda Mametto.
Vivo e acompanho um drama recorrente a todos os artistas e bandas que se apresentam contratados para eventos pela prefeitura de Salvador e governo do estado da Bahia, através de seus órgãos competentes, inclusive no Carnaval de Salvador.


Muitas vezes, principalmente para os artistas ainda não notórios e em processo de formação de público, é dado um tratamento de extrema insensibilidade no que se refere ao repasse de recursos para a realização de shows. Prazos longos (isso quando não são indeterminados), sufocam a arte e a cultura, e inviabilizam a qualidade do produto final a ser apresentado, aumentando ainda mais a disparidade entre o artista "grande", que tem estrutura empresarial para administrar todos os custos de pré-produção dos seus eventos, e justamente pela sua notoriedade consegue exigir valores e prazos de pagamentos que condizem com o seu mercado, e o "pequeno", que sofre pra pagar o estúdio de ensaio, figurino, contrata músicos e técnicos de última hora porque não sabe com antecedência necessária como, quando, e onde se apresenta, arca com despesas de transporte, alimentação, equipamentos,e tudo mais que envolve sua apresentação, na esperança de um dia pagar a toda essa gente, que por sinal a essa altura já trabalhou e vive cobrando do artista.



As últimas nomeações para as pastas responsáveis pela cultura e turismo tanto no governo estadual quanto municipal tem me dado a esperança de que as coisas podem melhorar. Os cargos começam a ser ocupados por pessoas da área, que volta e meia já viveram essas dificuldades. Espero sinceramente que consigam contribuir para melhorar a condição de trabalho de tantos que prestam serviços artísticos, e são fundamentais para a realização de qualquer evento.

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