Denúncia da Veja é um processo golpista, afirma Dilma

BRASIL Política Livre

Foto: Divulgação
Dilma Rousseff
A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), voltou a classificar a reportagem da revista Veja – segundo a qual ela e o ex-presidente Lula tinham conhecimento das irregularidades ocorridas na Petrobras – de “processo golpista”. De acordo com Dilma, a denúncia não coaduna com uma situação democrática. Perguntada, em entrevista em Porto Alegre, sobre a possibilidade de vencer a eleição mas não poder governar em um eventual processo de impeachment, a presidente afirmou que a denúncia em si é absurda. “Tenho uma vida inteira que demonstra meu repúdio à corrupção. Não compactuo com a corrupção, nunca compactuei. Quero que provem que compactuo, e não esse tipo de situação que insinua sem provas”, disse em coletiva na capital gaúcha, antes de participar de caminhada com militantes no centro da cidade. Dilma disse que investigará “a fundo” tanto o caso da Petrobras como outros casos de corrupção do Brasil, “doa a quem doer”. Segundo ela, o Brasil sempre engavetou ou deixou prescrever esse tipo de processo. “Comigo não vai acontecer isso”, falou. Visivelmente indignada, a presidente também disse que os responsáveis por injúrias e calúnias devem ser punidos. “Vou informar à nação, não dessa forma seletiva que permite que bandidos que tentam salvar a sua própria pele façam acordos políticos e digam coisas sem fundamento”, afirmou, referindo-se ao doleiro Alberto Youssef, que assinou um acordo de delação premiada e teria feito acusações contra Dilma e Lula, segundo a revista Veja. “Não se pode tratar uma presidente da República assim a três dias da eleição. Por que isso não apareceu antes, que história é essa?”, questionou Dilma. “Minha indignação é proporcional à injustiça que estão cometendo e ao uso político que estão fazendo disso.” Dilma aproveitou para lamentar os atos de vandalismo na noite de ontem na sede da Editora Abril que publica a revista. “Não concordo, repudio todas as formas de violência como resposta e discussão política. Isso é uma barbárie, não deve ocorrer, deve ser coibido. Ou seja, nós só podemos aceitar um padrão de discussão que seja pacífico, com argumentos, e que defenda posições e não ataque uns aos outros”, revelou.
Gabriela Lara, Agência Estado

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