Marina se defende de ataques do PT

Tribuna da Bahia

por
Hieros Vasconcelos Rêgo
Publicada em 08/09/2014 00:41:00
Pelo menos 30 mil pessoas estiveram nos comícios realizados pela candidata à presidência da República pelo PSB, Marina Silva, nos municípios de Brumado e Vitória da Conquista, a 555 e 500 quilômetros de Salvador, respectivamente, no último sábado.
Ao lado das postulantes ao governo baiano, Lídice da Mata, e ao Senado, Eliana Calmon, a ex-ministra do Meio Ambiente apontou Lídice como a melhor candidata para governar a Bahia; disse que é fundamental investir na educação como vetor de desenvolvimento econômico e social; garantiu dar continuidade ao Bolsa Família e rechaçou as afirmações da campanha petista de que, caso eleita, deixaria o pré-sal em segundo plano.
A chegada em Brumado, prevista para 9h30, começou com atraso porque a presidenciável não permitiu que o avião onde estava sua comitiva realizasse pouso no aeroporto da cidade, pertencente a uma mineradora.
Ao contrário de toda sua agenda, ela acabou desembarcando em Vitória da Conquista, pegou a estrada para Brumado e em seguida retornou para Conquista.
Como não podia deixar de fazer, Marina fez um breve relato sobre a própria vida, ressaltando as dificuldades que enfrentou como mulher pobre, ex-seringueira e analfabeta.
Com um tom incisivo, frases bem pontuadas e sem exagera na carga de emoção – características que, segundo analistas, a tornam mais crível – a presidenciável afirmou que apenas o investimento maciço em educação é capaz de mudar a realidade da  Bahia e do Brasil.
“Podemos ser diferentes na roupa que a gente veste, na comida que a gente come, a casa que a gente mora. Mas todos nós temos as mesmas potencialidades, o que nos falta é oportunidades. É papel do governo dar para o pobre a mesma escola do rico. Quando isso acontecer, Brasil será um país socialmente justo, um país politicamente democrático”, completou Marina.
Prometendo realizar uma revolução na educação baiana ao lado de Lídice da Mata, a presidenciável conclamou os baianos a votarem no 40 no dia 07 de outubro. “Perdi minha mãe quando tinha 14 anos, até os 16 era analfabeta. Com muito orgulho sou professora de história pela Universidade Federal do Acre. Com educação a gente melhora a vida das pessoas. A educação fez um milagre em minha vida”, ressaltou.
A ex-seringueira disse que, ao lado de Lídice da Mata, irá garantir ao povo do sertão baiano melhorias na condição de vida e meios para combater a seca e suas consequências, com foco na preservação ambiental.
“Lídice sempre me diz que, aqui no Semiárido, também é fundamental recuperar a mata nativa para que a água não desapareça e o povo possa produzir. Cuidar do meio ambiente é cuidar da nossa vida e das futuras gerações. Temos que evitar este processo de desertificação”, disse a candidata a presidente.
Na Praça Barão do Rio Branco, no centro de Vitória da Conquista, Marina pediu aos eleitores que a ajudem a desmentir “os boatos” que estão sendo espalhados com seu nome e afirmou que os adversários estão fazendo uso da “indústria do boato, da mentira, da calúnia e da agressão” para descredibilizar sua candidatura.
Segundo ela, os adversários estariam desesperados com sua ascensão no número de intenções de voto e não teriam propostas e lisura o suficiente para competir de maneira saudável e honesta.
A candidata do PSB à Presidência chamou de “ilação” a denúncia feita pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que envolve o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, num esquema de desvio de dinheiro da empresa petrolífera.
A presidenciável pediu ainda à população que não dê ouvidos a campanhas de adversários que distorcem informações e garantiu que não deixará o Bolsa Família nem o pré sal. “Quem ameaça o pré-sal é a corrupção que está assolando a Petrobras”,  afirmou a socialista. 

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