Bahia prepara contribuição para Conferência Nacional de Economia Solidária

Delegados de associações e outras organizações da economia solidária de todas as regiões da Bahia estão reunidos até sexta-feira (23) no Hotel Fiesta, no Itaigara, em Salvador, onde participam da 3ª Conferência Estadual de Economia Solidária. 


Na abertura do encontro, nesta quarta-feira (21), o governador Jaques Wagner, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e o secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer, assinaram o protocolo de cooperação entre os governos estadual e federal para a implantação e manutenção de centros públicos de economia solidária.

Também foi assinado, entre o Ministério do Trabalho e Emprego e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão (Fapex), órgão da Universidade Federal da Bahia (Ufba), um convênio para financiamento de ensino, pesquisa e extensão no segmento da economia solidária.

Ocupação remunerada

Segundo Jaques Wagner, não existe emprego para todo mundo, por isso a ocupação remunerada é tão importante. “O espírito do baiano é empreendedor e cabe ao governo desenvolver políticas públicas. Temos juro zero para produtores, doação de tratores para cooperativas, reunimos produtores de mandioca em uma fábrica de fécula e hoje temos três mil cooperados, que elevaram a renda familiar em 70%”.

Para o ministro Manoel Dias, a economia solidária recebe atenção especial do governo federal. “O governador Jaques Wagner é nosso parceiro, comprometido com o princípio de que um país rico é um país sem pobreza. E a economia solidária é o principal projeto que o governo precisa desenvolver. Pois pela solidariedade, associativismo e cooperativismo se constrói um novo modelo econômico e um novo projeto de vida”.

Estado com mais políticas públicas

Representante do Fórum Baiano de Economia Solidária, Débora Rodrigues destaca os avanços do segmento. “Somos o estado com mais políticas públicas no país voltadas para as atividades desta natureza e temos uma legislação que criou o Conselho de Economia Solidária. Esta parceria entre Estado e as organizações tem permitido que as políticas públicas cheguem e beneficiem a nossa população”.

Elizeth Portugal, artesã de Alagoinhas, faz parte de um grupo de artesãs ligadas a uma central de associações e ressalta os benefícios da economia solidária. “Temos 68 associações articuladas, e trabalhar em grupo já é uma economia. Nós dividimos as tarefas, fazendo um processo de gestão, procurando obter produtos de melhor qualidade e preparando para a venda. Isso nos dá uma sustentabilidade financeira e ambiental”.

Renildes Moreira do Rosário, artesã de Saubara, diz que a economia solidária agrega valor ao trabalho das mulheres negras, artesãs e marisqueiras do município. “Nós trabalhamos com 40 mulheres e viemos com nossos produtos buscar no coletivo melhores condições para o nosso trabalho com o apoio do governo”.

Centros Públicos são referência

De acordo com o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, antes da 3ª conferência foram realizadas 27 etapas territoriais, que estão representadas para a elaboração de uma proposta a ser apresentada na Conferência Nacional, que será realizada entre 26 e 29 de novembro, em Brasília.

“A Bahia tem muito a contribuir, nós temos ações e programas governamentais que são referência no plano nacional”, afirmou o secretário.

Vasconcellos cita os centros públicos de economia solidária como exemplo de iniciativas governamentais. “São estruturas articuladas com a sociedade civil, mas financiadas pelo Estado, que garantem suporte técnico para estes empreendimentos, possibilitando o desenvolvimento de produtos, a produção e comercialização”.

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