Sessão da Câmara Municipal de Guanambi debate projeto polêmico sobre empréstimo e endividamento público
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Hoje (11), a sessão da Câmara de Vereadores de Guanambi foi bastante movimentada
e polêmica. Usaram da Tribuna Livre os representantes da Coelba, José Augusto e
Danilo Soares, fazendo um balanço dos investimentos da empresa em Caetité,
Guanambi e região, bem como o Superintendente Regional da CEF, Zé Ronaldo, e os
técnicos Roque Antônio e Claudeir, que usaram da palavra para prestar esclarecimento
sobre o Projeto do Executivo Nº 57, que versa sobre a autorização para contratar operação de crédito no valor de
R$ 8.421.052,63 com juros de 6% a.a. + atualização monetária das contas do
FGTS, através da Tabela Prince. Também os vereadores Hélio, Carlos Jackson,
Dr. Son, Nenzinho e Vitor Bonfim usaram da palavra para defender o projeto do
Prefeito.
Os vereadores da oposição, Hugo Costa e José Carlos Latinha, se
posicionaram relatando o processo histórico de pavimentação das ruas e avenidas
da cidade com recursos próprios e a tradição contrária ao processo de
endividamento do município. Também criticaram o juro exorbitante da CEF e
questionaram a Tabela Prince que usa e abusa da prática de juros sobre juros,
destacando os questionamentos jurídicos sobre a mesma no país. Exemplificaram
com a situação do Estado do RS: Em 1998, o Rio Grande do Sul devia R$ 11
bilhões. Até 2010, pagou o equivalente a R$ 18,7 bilhões, mas ainda deve R$
44,4 bilhões. Para Latinha, “isso é um absurdo”. Segundo dados do Ministério da
Fazenda, foram emprestados pela União R$ 93 bilhões aos Estados brasileiros.
Até agora, já foram pagos R$ 158 bilhões, mas a dívida cresceu para R$ 369
bilhões. Os vereadores Hugo Costa e Latinha defenderam a necessidade de
abertura do debate com a sociedade de Guanambi sobre o polêmico projeto de
endividamento do município. Segundo os vereadores, o projeto é polêmico pois o município vai contrair empréstimo no valor de mais de R$ 8 milhões, pagando juros exorbitante de quase R$ 15 milhões - que significa 1,7 vezes maior que o empréstimo, totalizando um endividamento de R$ 23 milhões e comprometendo as futuras administrações de Guanambi.
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