PT quer mensalão do PSDB julgado


Senadores acusam STF de postergar caso

DO BAHIA TODO DIA | 17/11/2013 | 10h59

Depois de verem nomes da cúpula petista serem presos após condenação no caso do mensalão, senadores do PT partiram para a ofensiva e cobram, neste domingo (17), do STF (Supremo Tribunal Federal) o julgamento do chamado mensalão tucano.Trata-se de um esquema que envolve políticos do PSDB.

Segundo os petistas, a Suprema Corte adotou “dois pesos e duas medidas” ao julgar o mensalão do PT e postergar o julgamento de caso semelhante que atinge políticos do PSDB, ocorrido antes.Os senadores dizem o Supremo deve dar celeridade na análise do outro suposto esquema de compra de votos envolvendo eleições.

“O esquema de pagamento de mensalidades foi criado em PSDB em Minas Gerais cinco anos antes. Não tem nem data para julgamento e corre o risco de prescrever. Não se pode ter dois pesos e duas medidas”, disse Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado.

“É um compromisso que eles assumiram de analisar o caso que ocorreu com o PSDB. É natural que isso aconteça. Não dá para ter dois pesos e duas medidas”, disse o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), para o qual houve cerceamento do direito de defesa dos réus.

Já Viana considera que o julgamento não foi “pedagógico” para o país. “Pode ser que esse julgamento deixe mais marca e trauma para a Justiça do que uma referência pedagógica”, afirmou.

OS TUCANOS

Líderes do PSDB falaram sobre o assunto. O senador Álvaro Dias (PSDB-MG) disse que será “inevitável” o julgamento do mensalão tucano, mas disse que o esquema não pode ser comparado ao mensalão petista. “O PT querer transformar os fatos em irmãos gêmeos é uma pretensão exagerada. Não há nenhuma semelhança, lá não havia mensalão, mas irregularidades em um processo eleitoral.”

O chamado mensalão tucano ocorreu na disputa eleitoral de 1998 na campanha do PSDB, considerado pela Justiça e pela Polícia Federal o embrião do mensalão do PT. O crime ocorreu na tentativa de reeleição a governador de Minas Gerais do hoje deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB). 

Nos dois casos, o suposto operador foi o empresário Marcos Valério. O Banco Rural foi a instituição financeira usada por Valério para fazer as operações de crédito. Segundo a denúncia do mensalão tucano, os empréstimos bancários eram formas de encobrir supostos desvios de recursos de empresas públicas, usados na campanha.

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