ATLAS APRESENTA POTENCIAL EÓLICO DA BAHIA PARA ATRAIR NOVOS INVESTIMENTOS


Com o objetivo de se tornar uma importante ferramenta para empresários do setor eólico e servir de referência para o planejamento energético nacional, foi lançado nesta quarta-feira (13) o Atlas Eólico da Bahia. No total, são 62 mapas que ilustram os diferentes parâmetros da distribuição dos ventos e de outras variáveis climáticas sobre o território baiano, bem como aspectos gerais sobre a infraestrutura e legislação ambiental.

De acordo com Odilon Camargo, presidente da Camargo Schubert, empresa responsável pela produção do conteúdo do Atlas, os Mapas Temáticos contidos na publicação contêm os principais parâmetros estatísticos de velocidade e direção dos ventos, bem como seus regimes diurnos e sazonais. “O estudo estima para a Bahia um potencial eólico surpreendente, equivalente a múltiplas vezes o da usina hidrelétrica de Itaipu, por exemplo, e revela as áreas mais promissoras para novos projetos”, afirmou.

A atualização do Atlas Eólico da Bahia contemplou o avanço tecnológico e o crescimento dos parâmetros da engenharia, com torres eólicas de até 150 metros de altura. No mapa anterior, elaborado há dez anos, as torres possuíam apenas 80 metros
Sete novas áreas - Além das variações climáticas, o Atlas identifica sete novas áreas com potencial eólico no estado: Serra do Sobradinho, Serra Azul, Morro do Chapéu, Serra da Jacobina, Serra do Estreito, Caetité e Novo Horizonte.

Entre os objetivos da publicação está o de atrair novos investimentos, que hoje estão na casa de R$ 12 bilhões, representados por 87 projetos de usinas eólicas em todo o território – principalmente no semiárido – e 2,2 GW de capacidade instalada.

  A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEeólica), Elbia Mello, disse que o interior da Bahia possui ventos de excelente qualidade para a produção de energia eólica: “por causa de seu potencial, a Bahia atrai os olhares dos investidores do setor”.
Interior - A Bahia apresenta um significativo potencial de energia eólica, estimado em 14,5 GW para uma altura de 70 m - o que representa 10,1% do potencial nacional e 19,3% do potencial da região Nordeste.

Diferente dos outros estados da região, que tem maior incidência de ventos no litoral, a Bahia concentra seu potencial eólico no interior, ao longo de toda margem direita do Rio São Francisco, desde a Serra do Espinhaço até Juazeiro.

Em 2013, o estado se destacou na venda de projetos de energia eólica no quinto leilão de energia de reserva, realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), do Governo Federal. Dos 66 projetos contratados, a Bahia vendeu 28, contabilizando mais R$ 2 bilhões em investimentos.
Segundo parque - “Hoje a Bahia é o segundo parque eólico instalado no Brasil e acredito que estamos caminhando para ser o primeiro, pela qualidade de nossos ventos. Por meio do Atlas temos certeza que vamos potencializar novos investimentos no setor”, destacou o governador Jaques Wagner.

Atualmente, a Bahia possui sete empreendimentos eólicos, totalizando R$ 2,1 bilhões. Destacam-se a empresa Desenvix, localizada em Brotas de Macaúbas, com investimentos no valor de R$ 400 milhões, e a Renova Energia, de parques eólicos em Caetité, Pindaí e Igaporã, com investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão, além da Sete Gameleiras, Pedra Branca e São Pedro do Lago.

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