PSB filia quadros e quer chapa forte

Tribuna da Bahia

por
Lilian Machado
Publicada em 28/09/2013 07:24:00
decisão do PSB nacional de entregar os cargos que ocupa no governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e a sequencia de posicionamentos envolvendo a sigla nos últimos dias animaram os partidários, durante o ato de filiação dos pré-candidatos a deputado federal e estadual realizado ontem, no Hotel Portobello, em Salvador, a fortalecerem a pré-candidatura da senadora Lídice da Mata ao governo.
Esse foi o tom emitido pelos novos socialistas que elevaram o nome de Lídice ao Executivo baiano e do governador de Pernambuco ao Palácio do Planalto, dando o sinal de que a frente governista deve estar dividida no primeiro turno das eleições do ano que vem. Eles ressaltaram a possibilidade de que o PSB saia sem os aliados que compõem a base atual.
Apesar de mais uma vez demonstrar comedimento, ao dizer que não será oposição ao governador Jaques Wagner (PT), a senadora retribuiu de forma positiva a convocação dos correligionários. Ela apenas ponderou que sua candidatura não significará rompimento com o governo Wagner. “Seria uma incoerência muito grande participarmos desse processo e agora apresentarmos uma postura contrária ao modelo de governo que está aí”, frisou.
Durante o ato, Lídice disse que existem várias desafios para o partido em 2014 e abriu brecha de que pode sair sem compor com outros partidos. “(Um deles) é ter uma chapa que nos permita concorrer sozinhos ou com aliados e nos possibilite montar nossa bancada na Assembleia e na Câmara Federal”. Ela festejou a chegada dos novos integrantes. “Durante muitos anos, nós paqueramos essa possibilidade, mas o tempo passou e agora os cabelos brancos o convenceram”, disse se referindo ao ex-filiado do PT, o ex-prefeito de Juazeiro, Joseph Bandeira.
Bandeira, que durante o ano passado viveu longos episódios de desavenças com a executiva estadual do PT, ao não conseguir concorrer pela sigla à prefeitura do município, teve o aval direto de Campos, que é presidente nacional do partido. O ex-petista endossou o argumento de postulação de Lídice e Campos. “Conheço Eduardo desde menino e estou certo que hoje ele representa o modelo de renovação que eu acredito. O Brasil precisa de Eduardo na presidência e Lídice no governo, e foi isso que me levou a ingressar no PSB”, enfatizou.
Leonelli destaca direito legítimo
O ex-prefeito de Brumado, Eduardo Vasconcelos, também incitou a discussão sobre a disputa ao governo baiano pela senadora. “O PSB cresceu muito no Sudoeste do Estado e o nome de Lídice é muito forte lá. Com o nome da senadora fortalecido e o partido bem colocado, vejo grandes possibilidades de me eleger deputado federal”.
No discurso de boas-vindas, Domingos Leonelli – que integra a equipe de Wagner, no comando da Secretaria estadual de Turismo – destacou o “direito legítimo” da legenda em “batalhar para que se concretize a candidatura de Lídice”. “Que não seja a candidata do PT, mas que seja uma das candidatas do governo e do governador”, acrescentou. Em seu argumento, ele defendeu que o PSB é um partido “ético e honesto” e que por isso se valeria dessa frente de disputa.
O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, emitiu tranquilidade em relação ao posicionamento do PSB, mas deu o recado ao dizer que cabe ao partido de Lídice decidir sobre seu rumo daqui pra frente. Jonas relembrou que haverá apenas um palanque da presidente Dilma Rousseff (PT) na base. “Vamos construir uma candidatura ao governo que será única da presidenta Dilma. Nosso palanque será pela campanha da presidente Dilma que será também o mesmo do nosso candidato a governador. Não há nenhuma dúvida nem sobressalto em relação a isso. A ele (PSB) compete pegar o rumo dele".

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