PSDB envolvido com cartel do metrô


Siemens diz que Estado deu aval ao crime

BAHIA TODO DIA | 02/07/2013 | 10h15

A multinacional alemã Siemens, que está sob investigação no Brasil, declarou a autoridades que o governo de São Paulo deu o aval à formação de um cartel montado para vencer licitações de metrô no Estado. Segundo a empresa, a negociação com representantes estaduais está registrada em diários que foram entregues ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). 

Pressionada por condenações em vários países, a Siemens resolveu contribuir com as investigações e delatou o esquema, que tem ainda a empresa francesa Alston, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui. Outras sete companhias menores fazem parte do cartel, seis do Brasil - TTrans, Tejofran, MGE, TCBR Tecnologia, Iesa e Serveng-Civilsan – e uma da Espanha, a Temoinsa. 

O cartel foi montado para compra de equipamento ferroviário, além de construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal. O crime começou a ser cometido no governo de Mário Covas (falecido) em 2000 e se estendeu ao governo de seu sucessor, Geraldo Alckmin (2001-2006), e ao primeiro ano de José Serra, em 2007.
 
O governador Geraldo Alkimin (PSDB) declarou que se confirmado o cartel os envolvidos serão punidos. 

Há muito tempo se denuncia o esquema montado no metrô de São Paulo para financiar as campanhas eleitorais tucanas. Lementavelmente, o Ministério Público do Estado investiga as denúncias de corrupção pelo critério da seletividade. Ademais, a grande mídia, que costuma se vestir do papel de xerife, também pouco denuncia. Simpática ao PSDB, só quando tem interesses contrariados os veículos de comunicação costumam trazer à tona as mazelas cometidas pelo tucanato paulista.

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