Daniel Almeida propõe audência pública para barrar demissões Azaleia

Tasso Franco , da redação em Salvador

Daniel Almeida é deputado federal pelo PCdoB

Foto: Ag Brasil

A indústria promete encerrar até o final do ano, a operação das unidades de produção instaladas nos municípios de Itororó, Iguai, Ibucui, Potiraguá, Itaranti, Itambé, Macarani, Firmino Alves, Caatiba, além dos distritos de Bandeira e Rio do Meio. O fechamento provocará uma onda de demissão de aproximadamente 3.500 trabalhadores.

Diante da informação, o deputado federal federal Daniel Almeida, ocupou a Tribuna da Câmara dos Deputados na manhã da última quarta-feira (26) e criticou a decisão da empresa. O deputado solicitou uma audiência pública no âmbito da Comissão do Trabalho, para tratar do assunto e evitar as demissões. O requerimento para realização da audiência foi apresentado logo em seguida. O encontro deve acontecer nos próximos dias.

Serão convocados para a audiência pública, representantes do Ministério do Trabalho, Ministério da Indústria e Comércio, Ministério da Fazenda, Secretaria de Industria e Comércio do Estado da Bahia,  representante da Vulcabrás Azaleia, dos Sindicato dos Trabalhadores de Calçados da Região de Itapetinga, prefeitos da região, e representantes do Fórum de Entidades Não Governamentais de Itapetinga.

A crise do setor calçadista de Itapetinga começou em dezembro de 2011. Na época a empresa anunciou o fechamento das unidade e demissão de quase 22 mil trabalhadores. O processo foi barrado após o governo criar condições favoráveis para manutenção do parque industrial na região, mesmo assim a empresa chegou a demitir cerca de 3 mil trabalhadores. 

Durante todo o ano de 2012 o setor passou por uma série de mudanças e manteve o plano continuo de demissões. Um ano depois, agora em dezembro, volta a anunciar o fechamento das unidades. “Este tipo de comportamento é intolerável”, apontou o deputado Daniel. “Não é possível tolerar demissão em massa no momento em que o país está buscando encontrar caminhos para vencer a crise internacional. Os bons empresários estão fazendo sacrifícios, junto com todo o povo brasileiro, para preservar os empregos, estimular e  dinamizar a nossa economia”, avaliou.

O parlamentar lembrou ainda que a empresa recebeu incentivos fiscais para se instalar na Bahia e recentemente, outros subsídios para manter as atividades. Após o anuncio do fechamento das unidades, apenas a matriz, em Itapetinga, permanecerá em funcionamento.  Atualmente a indústria emprega  cerca de 12 mil pessoas.