Cai máscara de Policarpo Jr. da Veja
Jornalista era funcionário de Carlinhos Cachoeira
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DO BAHIA TODO DIA | 07/09/12 | 08h06
Nada como uma CPI atrás da outra para conhecer de fato as verdades sobre pseudos heróis da moralidade que trabalham nos meios de comunicação. A mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, afirmou que o jornalista da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, era funcionário do contraventor.
Ele, que ajudou a deflagrar a crise do “mensalão” em 2005, com uma matéria que mostrou o flagrante de um funcionário dos Correios recebendo R$ 3 mil de propina, hoje, terá que explicar como era remunerado por Cachoeira.
Seguramente isso explica porque a revista que sempre se colocou como defensora da ética na política demorou a esmiuçar o esquema comandado pelo bicheiro.
Mais do que anunciar essa relação, Andressa Mendonça confessou que o jornalista teria montado um dossiê contra o juiz Alderico Rocha, responsável pelo caso Cachoeira, para publicar matéria na Veja, a mando do bicheiro.
Sobre essa relação de profissionais da imprensa com esquemas em Brasília, o jornalista Luiz Nassif já especulava que a promoção de Policarpo ao segundo cargo mais prestigiado da “Veja”, o de redator-chefe, se deu devido à “associação” com Cachoeira.
Nassif vai mais além ao dizer, em seu site, que “a necessidade de fabricar escândalo a qualquer preço provocou a aproximação, mais que isso, a cumplicidade entre alguns jornalistas, grampeadores e chantagistas”.
Segundo ele, “é uma aliança espúria, porque o leitor toma contato com os grampos e dossiês divulgados. Mas, não se trata de melhorar o país, mas de desalojar esquemas barra-pesadas em benefício de outros esquemas, igualmente barra-pesadas, mas aliados ao repórter”.
Para Nassif, publicações sérias precisam definir regras claras de convivência com esse mundo do crime. “A principal é o jornalista assegurar que material recebido será publicado – e não utilizado como elemento de chantagem”, afirmou.
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