Política Livre
Rui Oliveira, presidente da APLB-Sindicato
A APLB-Sindicato que representa os professores do Estado da
Bahia divulgou uma nota a seus associados, dizendo que o governo
“engana” os professores. Desde a semana passada, o Governo do Estado
divulga publicidade na TV e nos jornais dizendo que o projeto enviado à
Assembleia assegura os ganhos da categoria e confirma o pagamento do
piso nacional, no valor de R$ 1.451, no Estado. Entretanto, o Sindicato
considera que, em vez de ser um avanço, a decisão do governo representa
um retrocesso. Segundo eles, o projeto do governo extingue os benefícios
de regência de classe, adicional por tempo de serviço, avanço
horizontal, incentivo à qualificação e aperfeiçoamento profissional e
atividade complementar, transformando-os em subsídio, cujo valor máximo
será de R$ 1.659,70. A APLB cita como exemplo a situação de uma
professora primária, com 25 anos de serviço. O salário base atual é de
R$ 1.187,98, mas ela ganha 100% do salário no valor pago pelas
vantagens, recebendo então R$ 2.375,96. Se o reajuste de 22% conferido
ao piso recaísse sobre este salário, ela deveria receber um salário de
R$ 2.902. Com a proposta do governo, no entanto, seu salário passará a
ser de R$ 1.659,70, o teto máximo. Hoje, a categoria completou o 13º dia
de greve. O Estado argumenta que atender o pleito do Sindicato
compromete a Lei de Responsabilidade Fiscal, acenando para outros
benefícios como, entre outras coisas, ter a possibilidade de ingressar
na Carreira do Magistério até 31 de dezembro de 2016. (Thiago Ferreira)
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