MPF ajuíza ação contra Curió por sequestros na guerrilha do Araguaia
+ Guanambi
"Eu acredito que o Ministério Público está cumprindo seu papel e é um papel relevante" afirma a Ministra Maria do Rosário
Desaparecidos políticos
O Ministério Público Federal vai denunciar nesta terça-feira, 13, na Justiça Federal em Marabá o coronel da reserva pelo crime de sequestro qualificado de cinco pessoas na Guerrilha do Araguaia. Segundo os procuradores, o grupo foi sequestrado por tropas comandadas pelo militar entre janeiro e setembro de 1974. Após sessões de tortura, não houve mais notícia do paradeiro de nenhum deles. A ação foi instruída com depoimentos de testemunhas – entre elas, pessoas que participaram das ações dos militares.
Até hoje, o Ministério Público não havia denunciado crimes ocorridos na ditadura devido à Lei da Anistia – que, em 1979, perdoou os ilícitos cometidos por militares e militantes. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que não se pode punir os crimes cometidos à época, devido à norma. Para driblar a legislação, os procuradores alegaram que o crime de sequestro é permanente enquanto as vítimas não forem encontradas. Portanto, os fatos não poderiam ser enquadrados na Lei de Anistia.
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