PMs decidem pela manutenção da greve na Bahia

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Em assembléia na noite desta quinta-feira (9/2), no Ginásio de Esportes dos Bancários, em Salvador, policiais militares em greve decidiram pela manutenção do movimento que já dura dez dias. Os policiais recusaram a proposta apresentada pelo governo de 6,5% nos salários, além da incorporação gradativa das gratificações: a maior parte da GAP-4 em novembro de 2012 e o restante em abril e a GAP-5 escalonadamente até 2015. Uma nova assembléia foi marcada para esta sexta-feira às 16h, no mesmo local.


A assembléia reuniu cerca de 600 policiais militares ligados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), presidida pelo ex-soldado Marco Prisco, preso na manhã desta quinta-feira, como parte da ação de desocupação da Assembléia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia. Parte destes policiais também estava no prédio e permaneceram durante todo o dia no Ginásio dos Bancários. 

Antes, na tarde desta quinta-feira (9/2), três entidades representativas da categoria se reuniram e formularam uma nova proposta de negociação que foi entregue ao governo do estado. As associações querem que a GAP IV [Gratificação de Atividade de Polícia] comece a ser paga em março, em vez de novembro, como o governo propôs e pedem também a redução do prazo para início do pagamento GAP V. O governo prometeu quitar a GAP V entre 2012 e 2015.


GovernoNo início da noite, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, negou que o governo apresentará mais alguma proposta aos policiais militares que insistem em continuar de braços cruzados, mesmo após a revelação de que o líder do movimento, Marco Prisco, preso após utilizar a mobilização para promover atos terroristas em virtude de uma estratégia grevista nacional. 

Segundo Costa, a negociação está concluída. “O que tinha que ser oferecido já foi oferecido: os valores, as datas e a garantia de que quem fez manifestação pacífica não será punido e quem praticou atos de vandalismo responderá a processos administrativos e judiciais. Nós não temos condições de mudar mais nada. Fomos ao limite”, avisou Costa, em entrevista ao site Bahia Notícias. 

O secretário salientou que não depende do Estado terminar a paralisação, mas todo o esforço para que haja o retorno das atividades tem sido feito. “Estamos ligando unidade por unidade, município por município e, paulatinamente, está voltando. A parada é um processo e a volta também é outro processo. Houve uma inércia para parar e tem outra inércia para voltar. O percentual está crescente. O oeste praticamente voltou todo. Há uma expectativa de que até amanhã (sexta,10) 100% já tenha retornado. Como há um vazio de liderança, não tem com quem concluir”, analisou. 

De Salvador, 
Eliane Costa

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