Conferência das Cidades: sem coleta seletiva, haverá retrocesso

Portal Vermelho

“Sem adotar a coleta seletiva, a reciclagem e a reutilização de recursos estaremos comprometendo a continuidade de uma série de avanços que alcançamos até hoje. Será uma volta ao passado, um retrocesso”, alertou o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos da Silva Filho, na 12ª Conferência das Cidades, que termina nesta quarta-feira (30), na Câmara dos Deputados, em Brasília.


Conferência das Cidades: sem coleta seletiva, haverá retrocesso O atual modelo de gestão resultaria na escassez de componentes químicos importantes na fabricação de vários objetos.

Ele alertou para as consequências que o uso indiscriminado de recursos naturais pode trazer nos próximos anos. Segundo ele, o atual modelo de gestão resultaria, inevitavelmente, na escassez de diversos componentes químicos hoje utilizados para a fabricação de computadores, carros, aviões e outros itens utilizados pela sociedade.

Do total de resíduos sólidos produzidos no País - 60 milhões de toneladas -, 42% têm destinação inadequada.

Já o representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Shelley de Souza Carneiro, manifestou preocupação em encontrar uma maneira de fazerem chegar os itens reciclados à indústria, na forma de matéria-prima, a um custo viável. "O modelo a ser adotado não pode comprometer a competitividade em termos de custos e preços finais ao consumidor", disse.

Inovações da lei


Sobre a aplicabilidade da Lei de Resíduos Sólidos, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Herman Benjamin, que também participou da 12ª Conferência das Cidades, disse que uma das principais inovações está relacionada ao princípio da precaução, que exige viabilidade técnica e ambiental dos projetos.

“Caberá ao empreendimento, quando for buscar financiamento, provar previamente que aquela atividade não vai causar danos à saúde das pessoas e nem ao direto da cidade a ter uma gestão sustentável dos seus recursos”, afirmou.

Benjamin disse ainda que a nova política cumpre papel fundamental no processo de aproximação dos projetos das cidades e dos projetos de desenvolvimento sustentável. “Não é possível ter uma matriz de desenvolvimento sustentável no País e continuarmos convivendo com lixões”, observou o ministro.

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