Terceirização prejudica trabalhadores
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Centrais sindicais vão ao TST e entregam pesquisa
As centrais sindicais têm audiência nesta quarta (5), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, quando entregam o resultado de uma pesquisa feita pelo Dieese, com dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego e sindicatos, sobre os efeitos da terceirização no mundo do trabalho e na economia. Depois da audiência, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, anuncia a posição da central em relação ao tema.
As lideranças da CUT e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), duas das principais centrais sindicais do país, afirmam “que não é aceitável compactuar com o modelo de terceirização adotado por empresas visando lucro e promovendo a precarização do trabalho. É ruim para os trabalhadores/as, ruim para as empresas e ruim para o governo”. Os casos recentes das usinas de Jirau e Santo Antônio, assim como da grife Zara, são exemplos da exploração do trabalhador e da precarização das condições de trabalho citados na pesquisa.
O estudo mostra, ainda, dados sobre a geração de empregos. Mais de 800 mil postos de trabalho não foram criados, graças à terceirização. O sistema também aumenta a rotatividade da mão-de-obra, reduz significativamente salários (terceirizados ganham, em média, 27% a menos), calotes como o não pagamento de indenização a trabalhadores no caso de interrupção de atividades, além de prejuízos à saúde e segurança. Em cada dez casos de acidente do trabalho ocorridos no país, oito são registrados em empresas terceirizadas.
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