Desenvolvimento Sustentável da Lavoura do Algodão no Vale do Iuiú

O Presidente da UVERMIG e Vereador de Guanambi, José Carlos Latinha, tem feito o estudo teórico e prático do processo de reativação da cultura algodoeira na microrregião de Guanambi, através da visita quinzenal no Vale do Iuiú e do acompanhamento desde o plantio, assistência técnica, colheita, aspecto trabalhista e a industrialização.

O sucesso da lavoura algodeira passa pela união, organização, verticalização da produção e combate a praga do atravessador. Por isso, é necessário a organização e a união dos pequenos e médios produtores de algodão com o objetivo da criação de uma cooperativa ou associação, visando a comercialização e a garantia de uma política de preço que atenda aos interesses dos todos os produtores, pois não podemos cometer os erros do passado, onde uma minoria de atravessadores, em parceria com o cartel do algodão, enriqueceram sozinhos e colaboraram com a falência da lavoura algodoeira da região.

Hoje (25), o vereador visitou a indústria Algodoeira Abreu, que ficou vários anos parada, para observar todo o processo de beneficiamento do algodão, acompanhado pelos produtores Julio Lélis, Mário Lélis e Mário Filho. O objetivo também é observar o potencial de geração de emprego e renda e conhecer todo o processo de industrialização. Também é fator fundamental o aproveitamento de toda a cadeia produtiva do algodão.

Vantagens para Investir na Cadeia Produtiva do Algodão (*)

No caso específico do ALGODÃO, o Estado da Bahia coloca à disposição dos investidores inúmeras vantagens que transformarão o imenso potencial da cotonicultura baiana em produção destacada, com geração de emprego e renda. O Programa de Desenvolvimento da Cultura de Algodão no Estado da Bahia tem como objetivo colocar o Estado entre os maiores produtores do país.

Para tanto, a microrregião de Guanambi e o Vale do Iuiú tem diversos fatores favoráveis para o desenvolvimento da cotonicultura, por ser uma região que reúne todas as condições favoráveis ao cultivo com competitividade:

grandes extensões de terras planas e solos férteis, facilitando o cultivo e a colheita mecanizados;
condições favoráveis que proporcionam ao algodão rentabilidade e baixo custo de produção, colocando-o entre os melhores do país;
boa infra-estrutura de estradas. A região é cortada pela BR-030 que liga o Vale do Iuiú a Salvador, com derivação para a BR-122 que liga a Bahia com Minas Gerais, sendo o escoamento facilitado durante os doze meses do ano;
o caroço de algodão tem mercado garantido na Região Nordeste para consumo animal e produção do óleo para o biodisel;
atualmente, o Brasil importa 15% a 20% do algodão que consome, havendo, portanto, uma fatia considerável do mercado à disposição dos investidores;
Identifica-se um potencial de crescimento em toda a cadeia produtiva. A implantação e reabertura de beneficiadoras já existentes. A industrialização, etapa seguinte a ser implementada, dispõe de uma gama de itens a produzir e a Bahia está localizada estrategicamente numa posição favorável, a pouca distância de outros Estados consumidores do Nordeste e do Centro Oeste, tais como: Ceará, Pernambuco, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Também temos na cidade de Urandi a indústria Bom Preço que hoje faz a industrialização do algodão.

Portanto, a visão estratégica da potencialidade da cultura algodoeira é um fator fundamental para o crescimento econômico com desenvolvimento social. Neste sentido, os governos Federal e Estadual estão fazendo diversos investimentos como a Ferrovia Oeste-Leste, Parques Eólicos, Adutora do Algodão e melhorias e recuperações das estradas, contribuíndo efetivamente para a reativação da lavoura algodoeira e a exportação do produto. Também a irrigação do Vale do Iuiú está na ordem do dia.

Veja um exemplo de desenvolvimento da cadeia produtiva do algodão