FIOL : Uma nova era para Bahia e para Brumado

Construção da Ferrovia será um divisor de águas para a economia da região.

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Com previsão de conclusão das obras em solo baiano em 2012, a Ferrovia da Integração Oeste Leste (Fiol) deve gerar cerca de 30 mil empregos, sendo 10 mil diretos e 20 mil indiretos. Isso por que o principal benefício socioeconômico deve ser outro: a dinamização das economias locais, propiciando a criação de distritos industriais em locais como Jequié, Brumado, Caetité, e Barreiras.

Cidades menores evoluirão e regiões já consolidadas vão atrair mais investimentos, especialmente nos oito canteiros que estão sendo criados para viabilizar a construção da ferrovia.

“Essa desconcentração do desenvolvimento criará uma inversão de mão-de-obra da Região Metropolitana, que voltará para o interior. Este é o grande poder transformador dessa obra”, afirma o presidente do Bahia Mineração (Bamin), Clóvis Torres. A ferrovia vai ligar a Costa do Cacau à cidade de Figueirópolis, no Tocantins, percorrendo na Bahia 980 quilômetros. Seus efeitos vão ser sentidos até numa distância de 100 quilômetros nos dois lados dos trilhos.

O empresário - que coordena o Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial da Federação das Indústrias do Estado da Bahia - ressaltou que, com a implementação do Porto Sul, em Ilhéus, a Fiol terá dois grandes atrativos para o investimento: a obra em si, que necessitará de fornecedoras, e o incremento da estrutura logística.

Clóvis Torres entende que esta atratibilidade será ampliada por um terminal portuário moderno, de grande calado e com maior capacidade operacional, a ser implantado na Ponta da Tulha, na Costa do Cacau. “O Porto Sul terá capacidade para 60 milhões de toneladas/ano. Isso é cinco vezes os três portos atuais (Salvador, Aratu e Malhado) somados”, relatou.

Mais barato - De acordo com a Secretaria do Planejamento, o modal férreo permite o escoamento da produção é cerca de 30% mais barato. A Seplan avialia que, com a redução dos custos possibilitada pela Oeste Leste, haverá aumento da competitividade dos produtos do agronegócio e a possibilidade de implantação de novos polos agroindustriais e de exploração de minérios, aproveitando sua conexão com a malha ferroviária nacional.

O Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial da Fieb prepara uma série de eventos para apresentar aos empresários baianos as opções de negócios criadas pela obra da ferrovia.

Além disso, o tema será debatido numa audiência com o Secretário da Indústria, Comércio e Mineração do Estado, James Correa.

O superintendente da Valec na Bahia, Neville Barbosa, relatou que em termos industriais e de serviços, o andamento da obra requer o fornecimento de pedras, ferro, cimento, alimentação, transporte e segurança.

A Valec Engenharia é a empresa federal responsável por coordenar a execução da obra e administrar a futura ligação férrea. Como a Fiol foi dividida em sete lotes, cada um a cargo de uma empreiteira, Barbosa acredita que mais canteiros da sua construção serão abertos no interior.

Uma obra deste porte também requer máquinas pesadas, fardamentos e equipamentos de proteção individual, mas parte desta demanda é suprida pela própria responsável pela obra “Os empreendedores interessados devem procurar os consórcios vencedores da licitação de cada lote. São estes consórcios que vão dizer o que precisam e o que vão terceirizar”, orientou o dirigente da Valec.

O megaprojeto - A Fiol terá 1.527 quilômetros de extensão, com previsão de finalização em 2014 e investimento total orçado em R$ 7,43 bilhões. A Valec Engenharia projeta para a ferrovia o escoamento da produção de minério de ferro, grãos e farelos, álcool, açúcar e algodão.

A via fará um corte longitudinal no território baiano, ligando a Costa do Cacau ao Estado do Tocantins, passando por Caetité, Barreiras e São Desidério. Além de ligar o oeste baiano ao litoral, o projeto abrirá nova alternativa de acesso aos portos do Norte, à ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás, de forma a permitir a sua interligação com o Oceano Pacífico.

Somente com a Bamin – projeto estrategicamente ligado à ferrovia -, a Oeste Leste vai criar 1.800 empregos diretos – 500 em Ilhéus e 1.300 em Caetité. A perspectiva é de mais 5.400 postos de trabalho indiretos.

A Bahia Mineração pretende exportar cerca de 45 milhões de toneladas – oriundas das minas de Caetité (BA) e de Grão-Mongol (MG), uma movimentação econômica equivalente a US$ 5 bilhões.

O plano de negócios é o primeiro passo para quem pretende abrir uma empresa. O alerta é do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae), corroborado por especialistas das áreas de Gestão, Planejamento e Empreendedorismo.

Segundo o Sebrae, o PN é um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Conhecer o ramo de atividade, definir produtos e analisar o local de estabelecimento são alguns passos necessários à elaboração do plano de negócios.

Ainda segundo o Sebrae, o planejamento proporciona uma visão mais clara e consistente sobre o desenvolvimento da empresa em metas alcançáveis. No plano de negócio são levantadas informações sobre os concorrentes, o perfil da clientela, as estratégias de marketing e o plano financeiro que viabilizará a nova empresa.

Para o empreendedor carente de orientação técnica, o Sebrae garante capacitação. Interessados em obter maior orientação podem buscar apoio do órgão federal pelo 0800-570-0800 ou em um dos 31 postos no interior, como Ilhéus, Itabuna, Barreiras, Jequié e Brumado. A assessoria do Sebrae informa que os técnicos do órgão vão a qualquer cidade baiana, podendo ser solicitados pelo site (www.ba.sebrae.com.br).

Os empreendedores baianos interessados em investir nas oportunidades criadas pela Fiol contam com variadas opções de financiamento de bancos públicos. É o caso do Credifácil, da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) e o Cresce Nordeste, do Banco do Nordeste. O BNB oferece financiamentos rural e industrial, que regra de outros setores como comércio e serviços.

Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE, o Cresce Nordeste é voltado para empreendedores de todo o Brasil que queiram investir na região. São R$ 9 bilhões disponibilizados em condições especiais para diversos setores.

São atendidos empreendedores de todos os portes em setores e atividades tais como: indústria, comércio, serviços, cultura, turismo, grãos, apicultura, bovinocultura, ovino-caprinocultura, carcinicultura, floricultura e fruticultura.

O crédito industrial do BNB contempla todos os itens necessários à produção. Quando o crédito for com recursos próprios, o BNB pré-fixa taxas no contrato. Quando envolve verbas do FNE, é cobrado 6,75% ao ano para microempresas; 8,25% a.a. para pequenas empresas; 9,5% a.a. para médias empresas, e 10% a.a. para grandes empresas.

Na Desenbahia, o crédito pode ser solicitado pela Internet. (www.desenbahia.ba. gov.br). Entre suas principais linhas, há o CrédiFácil, para investimentos limitados a R$ 500 mil, com juros de 8% ao ano e até 96 meses para pagar, destinada a reformas, construção e aquisição de máquinas e equipamentos. Para capital de giro, o prazo é de 18 meses com juros de até 1,25% ao mês.

Pelo BNDES –PSI, a Desenbahia financia a aquisição de máquinas e equipamentos, com juros de 5,5% a 8% ao ano. A carência é de 2 anos, com prazo de amortização de 120 meses. No Prodese, empreendimentos que necessite de capital superior a R$ 500 mil e destinado a compra de imóveis, construções e softwares, a taxa varia de 7% a 9% a.a, sendo 36 meses de carência e prazo total de 12 anos.

Comentários

Anônimo disse…
Parece que Guanambi está sendo colocada de lado no projeto, nada é citado sobre a cidade na notícia. Aqui deveria ser instalada uma das bases para o projeto da ferrovia mas nada, nem o distrito industrial é citado, mas em Guanambi nem conseguimos tirar um documento de identidade, em Brumado há o SAC, mas em Guanambi se formos tirar uma identidade somos informados que nem material há, o governo do Estado esqueceu de nossa cidade?

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