O candidato tucano José Serra preparado e treinado para mentir

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A imagem triste desta campanha está gravada na memória do país: é José Serra no Jornal Nacional. Lá estava, na noite de ontem, o candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) mentindo, atribuindo a sua concorrente, Dilma Roussef (governo-PT-partidos aliados) e a campanha dela a introdução do tema do aborto na eleição.

Tema que ele - não Dilma - não apenas trouxe para o centro da disputa presidencial como, em torno do questão organizou a mais odiosa e preconceituosa campanha já feita no Brasil. Foi ele - não Dilma - não apenas colocou a questão da religião no centro da campanha como organizou uma guerra santa nas igrejas católicas e evangélicas.

Mais do que isso, no início da campanha, com apoio de grande parte da midia, José Serra - e não Dilma - organizou uma ampla onda de boatos, de forma profissional e paga. Explorou e instigou a intolerância religiosa. Desrespeitou o caráter laico e republicano de nossa democracia. Incentivou o ódio religioso e o medo, ameaçando, de fato, nossa convivência social, a tolerância e ecumenismo que predominam em nossa sociedade, e que nós devemos preservar e fazer de tudo para predominar.

Felizmente, a resposta da sociedade não demorou


Primeiro foram os próprios jornais, que perceberam o perigo em que haviam embarcado e em editoriais e matérias reagiram. Criticaram duramente a postura de  José Serra, sua pregação religiosa, a exploração reacionária e atrasada da questão do aborto, a introdução da religião na política e no Estado brasileiro, laico desde a proclamação da Republica (1889).

Agora é a inteligência do país. São artistas, intelectuais, trabalhadores e seus representantes, profissionais liberais, empresários, estudantes, a juventude, que condenam e abandonam José Serra e sua cruzada reacionária, sua guerra suja e santa, sua campanha de ódio e medo, de mentiras e falsidades.

O símbolo dessa virada - que já se expressa nas pesquisas -  foi o ato no Teatro Casa Grande no Rio na noite da 2ª feira. Centenas de intelectuais e artistas se somaram à campanha de Dilma, um fato político da maior relevância, extraordinário não apenas pela sua força e simbolismo, mas pela representatividade e pela presença de figuras emblemáticas de nossa cultura.

Ontem ocorreram mais dois atos -  de advogados e estudantes no TUCA (teatro da PUC-SP) em São Paulo, e de empresários e empreendedores em Brasilia. Todos unidos com Dilma pelo Brasil.

José Serra abandonou e rasgou sua biografia


Com sua campanha de ódio e medo, o candidato tucano a presidente abandonou e rasgou sua biografia e manchou a tradição e memória das lutas democráticas em nosso país. Aliou-se ao que há de mais atrasado e reacionário em nossa sociedade, numa ameaça as bases de nossa convivência democrática e de nosso pluralismo cultural e religioso. Felizmente, percebida a tempo pela inteligência nacional e a sociedade que o repudiam e à sua campanha.

José Serra ameaça-nos com uma República teocrática, onde se confunde e misturam Estado e Religião. Uma República onde a religião se impõe ao Estado e dita - como o próprio candidato sempre repete - os valores que cada cidadão e família devem obedecer, sob pena da segregação e exclusão da sociedade.

Como nos tempos medievais da inquisição ou como nas repúblicas e/ou ditaduras teocráticas (que ele, da boca para fora, diz condenar) que retiram a mais antiga e importante conquista da humanidade a liberdade religiosa e individual, o nosso direito de livremente nos guiar pela nossa consciência, decidir nosso modo de viver, religião e valores.

A resposta da juventude e do mundo da criação e da liberdade, do mundo da cultura, foi o ato no Teatro Casa Grande e os atos do TUCA em São Paulo, e o de Brasília. Uma reação à altura do ultraje e da ameaça que José Serra representa as nossas duas mais importantes conquistas a DEMOCRACIA E A LIBERDADE.

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