Serra achou que ia esconder os pobres debaixo do tapete do PiG (*)

Conversa Afiada
O PiG(*) não jogou o bote para evitar o afogamento do Serra no Jardim Romano

O PiG(*) não jogou o bote para evitar o afogamento do Serra no Jardim Romano

A excelente análise do Nassif sobre o fim irremediável do Serra e do paulistismo na política brasileira merece um acréscimo, se possível.

Nassif observa que Zé Alagão não entende mais o que acontece no Brasil.

E pensou que ia governar o Brasil de 2002.

Aí, este modesto blogueiro acredita que, por um mecanismo patológico, Zé Alagão achou que tinha sido eleito em 2002 e que o Brasil congelaria, à espera dele em 2010.

O Brasil que ele herdaria do desastroso Governo do FHC estaria à espera de sua salvadora intervenção.

Voltamos ao Nassif.

Serra não percebeu que a agenda tinha mudado.

Que a questão central não era mais a estabilidade: era a desigualdade social.

Por isso, acha este modesto blogueiro, Zé Alagão foi incapaz de realizar uma única política dirigida ao combate da gritante desigualdade social de São Paulo.

Zé Alagão acreditou no que dizia.

O problema eram a política monetária e o câmbio.

O que já não fazia mais sentido em 2010.

E por que o Zé Alagão menosprezou a questão da desigualdade de renda ?

Este modesto blogueiro sugeriria ao Nassif meditar sobre o seguinte: Serra achou que poderia esconder a miséria embaixo do tapete do PiG (*).

Serra é do tempo em que bastavam três telefonemas para controlar o PiG (*).

Para o Dr Roberto, para o seu Frias, e para o Ruy Mesquita.

(O Robert(o) Civita vinha no bolo.)

Com isso, ele controlava a Globo, a Folha e o Estadão e suas agências de notícias.

E calava o Brasil.

Quer dizer, em quinze minutos ele “alinhava” o PiG (*).

O PiG (*) não vai ao Jardim Romano, a Heliópolis, a Paraisópolis, ao Itaim Paulista, a São Miguel Paulista.

O PiG (*) mal cobre a rua Augusta, da Avenida Paulista para baixo.

O Conversa Afiada sempre disse que, sem o PiG (*), esses tucanos paulistas não passavam de Resende.

A pobreza de São Paulo está nos extremos geográficos da cidade.

E a elite branca – e separatista – de São Paulo ignora os extremos, porque quem mora lá são nordestinos.

E a maioria não vota em São Paulo.

O Zé Alagão achou que controlava a miséria de São Paulo com os telefonemas e podia se concentrar na tarefa superior de assumir a Presidência devida.

Serra não governa São Paulo, como não governou a Prefeitura.

Ele é o chefe da campanha que lhe dará posse em 2010.

Ele desconhece o que se passa no (des)governo dele.

Veja que nessa reunião para explicar o aumento (?) de salário do funcionalismo, ele demonstra irritação, enfado, e não consegue dar uma resposta: passa as perguntas aos subordinados.

(E toma água num copo vazio … Bem que a Yvete tinha razão: falta-lhe um anabolizante.)

Ele entende é de câmbio …

Zé Alagão não tomou conhecimento do Governo Lula.

Para ele, não aconteceu nada entre 2002 e 2010.

Por isso, não tem nada a declarar sobre os assuntos que, hoje, interessam aos brasileiros.

O “engenheiro competente” não percebeu, por exemplo, que a classe “C” já é a maioria da população.

E que a classe “C” tem acesso à internet.

Ele se preparou para tomar o lugar do Fernando Henrique, quando o Google não existia.

Ele ia sentar na cadeira com os jurássicos da mídia de antanho: o Dr Roberto, o seu Frias e o Ruy.

O Robert(o) entraria de penetra.

Bye-bye Serra 2010.

Paulo Henrique Amorim

Clique aqui para ler sobre “O dedo podre” do Serra.

E sobre “Serra é o Jim Jones da oposição”.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

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