Kassab cassado. DEM se afunda mais.


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Gilberto Kassab
Aliado preferencial do candidato da oposição à presidência da República, governador José Serra (PSDB), o DEM vai de mal a pior. Seu único governador no país, o de Brasília, José Roberto Arruda, continua preso na Polícia Federal (PF) e seu substituto, o governador em exercício Paulo Octávio tem futuro incerto.

Denunciado como participante-beneficiário no escândalo Arruda-DEM-Brasília, Paulo Octávio foi abandonado por seus companheiros demos. Não tem apoio de mais ninguém, vai responder a três pedidos de impeachment (há mais quatro na fila) e antes disso pode vir uma intervenção no Distrito Federal (DF).

A outra grande liderança demo no país, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM-PSDB), reeleito com o apoio de Serra e visto como estrela em ascensão na legenda, começa a semana cassado pela justiça eleitoral. A 1ª Zona Eleitoral cassou os mandatos de Kassab e de sua vice, Alda Marco Antonio (PMDB) condenados por captação ilícita de dinheiro na campanha da reeleição em 2008.

R$ 10 milhões são considerados irregulares pela justiça

A sentença será publicada no Diário Oficial de amanhã e como tem efeito suspensivo imediato, os dois podem permanecer nos cargos enquanto tramita o recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP). Kassab já anunciou que vai recorrer.

Entre as doadoras à campanha de Kassab consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos. O prefeito e sua vice gastaram R$ 29,76 milhões na reeleição, dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça.

A AIB é acusada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de servir de fachada do Sindicato da Habitação (Secovi) que, por lei, não pode fazer doações a candidatos, comitês e partidos. Só dessa entidade a campanha de reeleição do prefeito paulistano recebeu R$ 2,7 milhões. A entidade e o Secovi negam irregularidades na doação.

Foto: José Cruz/ABr

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