Hondurenhos convocam greve geral contra o golpe

As forças populares de Honduras convocaram uma greve geral com início nesta segunda-feira (29), em apoio ao presidente constitucional da república, Manuel Zelaya. Neste domingo Zelaya foi vítima de um golpe militar. Tropas do exército entraram na residência presidencial, atirando, sequestraram Zelaya e o conduziram a força para a Costa Rica. À tarde, o Parlamento, sem a presença dos deputados legalistas, depôs Zelaya e empossou em seu lugar o presidente do Legislativo, Roberto Micheletti.

O presidente da federação Unitária de Trabalhadores de Honduras, Juan Carlos Barahona, disse à Agência Bolivariana de Notícias, em entrevista por telefone, que ''o povo vai manter a resistência'', concentrando-se diante da sede do governo e exigindo a volta do presidente eleito.

Lula repudia golpe em Honduras e quer Zelaya de volta

O governo brasileiro condenou, ''de forma veemente'', o golpe militar que depôs neste domingo (28) o presidente de Honduras, José Manuel Zelaya. ''Solidariza-se com o povo hondurenho e conclama a que o presidente Zelaya seja imediata e incondicionalmente reposto em suas funções''. De acordo com a dura nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, ações militares desse tipo são ''um atentado à democracia''.
Veja a íntegra da nota do Itamaraty:

''O governo brasileiro condena de forma veemente a ação militar que resultou na retirada do presidente de Honduras, José Manuel Zelaya, do Palácio Presidencial em Tegucigalpa no dia de hoje e sua condução para fora do país.Ações militares desse tipo configuram atentado à democracia e não condizem com o desenvolvimento político da região. Eventuais questões de ordem constitucional devem ser resolvidas de forma pacífica, pelo diálogo e no marco da institucionalidade democrática.O governo brasileiro solidariza-se com o povo hondurenho e conclama a que o presidente Zelaya seja imediata e incondicionalmente reposto em suas funções.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue acompanhando a situação por meio de contatos com outros chefes de Estado e através de informações repassadas pelo ministro Celso Amorim.''

A condenação da quartelada da madrugada deste domingo é unânime. Os líderes mudancistas latino-americanos são os mais enfáticos: o presidente da venezuela, Hugo Chávez, chamou o episódio de ''golpe de Estado troglodita''. A presidente da Argentina, Cristina Tavarez, falou em ''volta à barbárie'' das ditaduras militares. Mas até o direitista governo Alvaro Uribe, da Colômbia, dissociou-se dos golpistas. O Conselho da União Europeia e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenaram igualmente o sequestro de Zelaya.esidente eleito pelo povo em 2005.

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