MEDO E DESESPERO DEIXAM OPOSIÇÃO MAIS ERRÁTICA

O desespero, o medo de perder a eleição do ano que vem, e principalmente o pânico com a receptividade crescente obtida pela ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff, lançada candidata do PT, está tornando a oposição cada vez mais errante, desagregada e sem um mínimo de projeto, sequer propostas para o país.
Essa conclusão nem é minha, está estampada na mídia hoje (O Globo se aprofunda mais no assunto), no noticiário relativo aos desdobramentos do jantar que o alto comando da oposição - dirigentes e líderes da dupla ex-PFL-DEM / PSDB - teve na última 3ª feira, no Palácio dos Bandeirantes, com o governador José Serra, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros caciques da nata tucana.
Em sua incoerência a oposição meteu-se numa camisa de força que eu nem sei como vai sair dela e conseguir dar uma explicação satisfatória. Eles - o ex-PFL-DEM moveu e o PSDB subscreveu - movem ação no Tribunal Superior eleitoral (TSE) pela qual pedem que o presidente Lula e a ministra Dilma sejam multados , acusando-os de terem deflagrado antecipadamente a campanha eleitral de 2010.
O TSE não deliberou sobre esse processo movido, ainda, mas não é que o noticiário de hoje do jantar diz que a oposição pretende exatamente isso: ter um candidato já, forçar um deles a assumir (têm dois, os governadores tucanos de Minas, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra) e sair em campanha pra não deixar a ministra Dilma - que nem é candidata ainda - sozinha ocupando espaços no noticiário e junto ao eleitorado.
Serra hesitou e eles correram para Aécio
É por isso, diz o noticiário, que diante da hesitação do governador Serra, que ponderou não poder assumir agora - alegou não conseguir governar e fazer campanha ao mesmo tempo e que, em campanha, poderia se prejudicar com o governo federal - que a oposição programou jantar idêntico com o governador Aécio, nos próximos dia, em Belo Horizonte.
Pelas mesmas razões - querer um candidato já, com o que Serra não concordou - é que o DEM decidiu e comunicou no mesmo jantar que o governador paulista deixou de ser seu candidato preferencial e que este poderá ser tanto o paulista quanto o governador de Minas Gerais.
A oposição já deveria saber lidar com o governador Serra, um poço de cautela em matéria de tomada de decisões. Deveria lembrar-se que em 2006, prefeito de São Paulo, ele também queria ser candidato a presidente, mas ficou em dúvida, elaborou a estratégia de ser "ungido" e não de disputar no partido, e foi atropelado pelo governador Geraldo Alckmin, o candidato tucano (e do DEM) na eleição presidencial daquele ano.
O fato é que a oposição está assustada. Os 84% de apoio popular ao presidente Lula aferidos pelas pesquisas de opinião e a possibilidade de que isso alavanque votos para Dilma Rousseff apavoram o PSDB, o ex-PFL-DEM e a linha auxiliar deles, o PPS.

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