CIENTISTA GUANAMBIENSE RECEBE MOÇÃO HONROSA DO INPA

Reconhecimento Científico

Inpa concede menção honrosa a pesquisadores

A honraria será entregue, anualmente, a todos os brasileiros ou estrangeiros que se destaquem no desenvolvimento da ciência.

Formar recursos humanos para atuar na Amazônia tem sido um desafio constante às Instituições de Ensino e Pesquisa (IEP) da região. Muitos mestres, doutores, intelectuais, profissionais têm contribuído como este processo, que culmina com o desenvolvimento da Amazônia. Em reconhecimento ao trabalho destas pessoas, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) faz hoje (11), às 19h, no Bosque da Ciência, a entrega da Menção Honrosa Warwick Estevam Kerr.

A Menção Honrosa será entregue, anualmente, a todos os brasileiros ou estrangeiros que se destaquem ou prestem serviços para o desenvolvimento da ciência, avanço da docência, da pesquisa científica e tecnológica e da inovação no âmbito da pós-graduação do Instituto.
Em sua primeira edição, a distinção será entregue aos pesquisadores Elsa Rodrigues Hardy; Euler Melo Nogueira; João Antônio Pêgas Henriques e Paulo Frietrich Bührnheim.

Na solenidade, também ocorre pela primeira vez a diplomação dos estudantes de mestrado e doutorado do Inpa. Ao todo, receberão diploma 42 pessoas dos cursos de Genética, Conservação e Biologia Evolutiva; Agricultura no Trópico Úmido (ATU); Biologia de Água Doce e Pesca Interior (BADPI); Entomologia; Ciências de Florestas Tropicais (CFT); Botânica.

Segundo a chefe da divisão de Apoio Operacional (DAO), Walcimara Santos, hoje, o Instituto tem oito cursos de pós-graduação, sendo sete em nível de mestrado e doutorado e um em nível de mestrado. Ela informa que só este ano o Inpa já formou 77 mestres e 16 doutores. Contudo, se for verificar todo o histórico da Instituição, já foram formados mais 1.171, sendo 939 mestres e 232 doutores, ou seja, profissionais para atuar na região e até mesmo fora dela.

Biografia

Elsa Rodrigues Hardy é graduada em Farmácia e Odontologia pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mestre em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e doutora em Zoology pela Royal Holloway College Hardy, e pós-doutorado pela mesma universidade.

Euler Melo Nogueira é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), mestre e doutor em Ciências de Florestas Tropicais pelo Inpa. Atua, principalmente, com estimativa de biomassa na Amazônia, emissão de carbono, densidade básica e volume de madeira.

João Antônio Pêgas Henriques graduou-se no Curso de Farmácia e Bioquímica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem mestrado em Biofísica pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ), Docteur D Etat et Sciences Naturelles no Institut Curie - Univesité Paris XI, França e pós-doutorado no Institut für Mikrobiologie, da J. W. Goethe Universität, Frankfurt, Alemanha. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na área de Ciências Biológicas e atua como assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)/MCT) da Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Paulo Frietrich Bührnheim e graduado em Biologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), tem especialização em Malacologia pelo Fundação Gonçalo Moniz; especialização em Helmintologia, em Entomologia e em Aplicação todas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e doutorado em Ciências pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Warwick Estevam Kerr é considerado um dos maiores geneticistas do mundo. Ficou conhecido por introduzir a abelha africana no Brasil. Nasceu em 1922, em Santana do Parnaíba (SP), filho de Américo Caldas Kerr e Bárbara Chaves Kerr. Formou-se Engenheiro Agrônomo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) em Piracicaba (SP).

Kerr iniciou sua vida científica em Piracicaba, onde fez doutorado e livre-docência. Em 1951 aceitou convite para trabalhar na Universidade da Califórnia (EUA), como professor-visitante. No ano seguinte foi a vez da Columbia University convidá-lo para a mesma função.
De volta ao Brasil, Kerr auxiliou o professor Dias da Silveira a montar o departamento de Biologia da Faculdade de Ciências de Rio Claro, da recém-criada Universidade Estadual Paulista (Unesp). No período de 1962 a 1964, acumulou o cargo de diretor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Atuou no departamento de Genética da Faculdade Medicina de Ribeirão Preto (USP) e foi diretor do Inpa.
Aos 85 anos, Kerr continua na ativa. Em suas horas vagas dedica-se às orquídeas e passeia de bicicleta.

Luís Mansuêto - Assessoria de Comunicação do Inpa

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