PISO SALARIAL DOS PROFESSORES

Professores comemoram aprovação do piso salarial nacional

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (7), o projeto de lei que institui o piso salarial nacional dos professores. De autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o projeto tem caráter terminativo na Comissão e será, agora, encaminhado ao Senado.

O piso nacional é uma reivindicação histórica do magistério brasileiro, o que levou deputados e professores presentes a se aplaudirem mutuamente no final da votação na CCJ. “Parece incrível, mas essa luta começou ainda no fim do Império, há mais de 200 anos, e agora finalmente vai sair do papel, num resgate que vem ao encontro de uma de nossas grandes preocupações, que é não excluir ninguém dessa conquista”, comemorou uma das diretoras da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Raquel Guisoni.

Ela se referia a um dos principais avanços do texto, a paridade do piso com os professores inativos, que foi introduzida no texto original por uma emenda apresentada pelo deputado Flávio Dino (PCdoB-MA). Ela estende o piso para os aposentados e pensionistas do magistério público da educação básica , sem prejuízo de tratamento mais favorável determinado por leis estaduais, distritais ou municipais.

“Essa é das mais justas reivindicações dos educadores de todo país, por isso a lei do piso precisa reconhecer, igualmente, o valor da contribuição dos que se aposentaram após décadas de dedicação à educação”, avalia o deputado maranhense.

A Comissão também já havia aprovado, em 23 de abril, a proposta de Flávio Dino para corrigir uma falha do relatório da Comissão de Finanças e Tributação, que havia retirado do texto original do projeto o limite à presença dos professores em sala de aula, quando do cumprimento da carga horária. Com isso, eles perderiam o direito à contagem das horas dedicadas à preparação das aulas, correção de provas e também a estudos de atualização.

“Era uma medida negativa, pois todas essas são tarefas inerentes, obrigatórias até, da profissão de educador e que se refletiriam também negativamente sobre a qualidade do ensino oferecido”, argumenta o deputado. Por meio de uma reclamação, Flávio Dino conseguiu que a mesa da CCJ retomasse o texto original do PL, aprovado pela Comissão de Educação da Câmara.

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