JONAS PAULO: ELEIÇÕES 2008


Desafio das eleições municipais

Há uma marca na estruturação político-administrativa do Estado brasileiro nos nossos tempos que é a concentração de poder na União e a autonomização do poder local, que se fortalece com a descentralização das políticas públicas – saúde, educação, serviços urbanos, assistência social, etc. –, apesar do poder orçamentário e fiscal não se descentralizar com a mesma intensidade para os municípios.

É por isso que as eleições municipais têm forte conexão com o poder federal, pois os investimentos e as políticas de emprego, a previdência e a assistência social são federais. É bom não esquecer que a economia da maioria das pequenas cidades do interior são irrigadas pelas aposentadorias e pensões da Previdência Social, além dos programas de distribuição de renda do governo federal.

O sucesso das políticas do governo federal tem uma relação direta com a sua realização na ponta, pois é no município onde se exerce ou não a cidadania. E aí reside a importância das eleições municipais para o País.

Os nossos adversários nacionais também serão nos municípios, pois eleição é para disputar projetos, valores éticos, condutas e forma de administrar os bens e o erário. Governar para que e para quem é o desafio, sendo necessário ter prioridade e ter lado. Nós definimos o nosso lado ao fundarmos um Partido dos Trabalhadores.

A Bahia, quarto colégio eleitoral do País, maior Estado com governador eleito pelo PT e aliados, tem importância estratégica nas eleições, pois, ao mesmo tempo em que deveremos consolidar um novo projeto político democrático no Estado, liderado pelo governador Wagner, devemos também ser uma plataforma fundamental na construção da sucessão do presidente Lula. Portanto, vencer as eleições de 2008 nos municípios da Bahia é condição necessária e imprescindível para o sucesso da coalizão nacional em 2010.

É nesse contexto que Salvador também adquire enorme importância por ser a terceira capital do País. Acreditamos que havia uma desagregação na frente política, estando postas diversas candidaturas da base aliada. A candidatura de reeleição do prefeito não cumpriu o papel de aglutinar e reeditar o bloco político que o elegeu em 2004; portanto, ser forte política e eleitoralmente para alavancar a presença dos partidos da base do presidente Lula no segundo turno em Salvador.

E, portanto, fez-se necessário um movimento de agregação para viabilizarmos uma candidatura competitiva, sólida no plano político e programático e viável eleitoralmente, pois passar para o segundo turno na capital é fundamental para a garantia na reta final de um palanque unificado para Lula e Wagner, o que certamente nos levará à vitória em Salva d o r.

Desse modo, não se trata apenas de uma oportunidade. É a responsabilidade da construção de uma candidatura vitoriosa para o fortalecimento do projeto nacional para as eleições de 2010 na Bahia e no Brasil.

Jonas Paulo, Presidente do PT da Bahia, na edição de "A TARDE" de 14.04.2008

Marcadores: Eleições 2008, Eleições 2010, Política, PT, Salvador

Fonte: Blog Amigos da Bahia

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