Dilma, FHC, dona Ruth, Cabernet, Chandon e uma oposição desesperada
Parece que a oposição está transtornada, desorientada. Estão procurando desvairados, como vira-latas galgos atrás de um pedaço de osso, algum novo escândalo capaz de inquietar a aprovação popular do presidente Lula. Para eles, nada até agora funcionou da forma esperada; cada crise política, desde o mensalão até os cartões corporativos, foram esmagadas pelo próprio processo político em andamento, o que obrigou a oposição, que há pouco tempo bradava pelo impeachment de Lula, a titubear entre enfrentar o governo (e sua aprovação meteórica) ou esconder-se sob a mesa com medo do terceiro mandato. Agora, por exemplo, “a crise dos cartões corporativos” teve de ser requentada para transformar-se no “dossiê FHC”. Mexeram aqui e ali, promoveram um burburinho em torno da questão e conseguiram arrastar Dilma Roussef para o olho do furacão. Foi a única vitória da oposição: arrastar Dilma para o olho do furacão. Porém, não consigo deixar de pensar que esta manobra oposicionista foi, ante de mais nada, um enorme tiro no pé. Afinal, agora a visibilidade está em torno no dossiê. E quando começarem a surgir os gastos, como porta-retratos de US$ 100 e vinhos de R$ 5.000, será difícil manter-se como porta-voz da ética e do respeito ao dinheiro público.Ontem mesmo já começaram os efeitos colaterais. Álvaro Dias, em entrevista ao Terra Magazine, admitiu que foi fonte da Revista Veja na reportagem sobre o dossiê, o que revela o verdadeiro objetivo da oposição e da Veja, com a publicação da reportagem. Hoje, o blog do Noblat divulgou a íntegra do suposto dossiê, que, como sua existência já não é nenhuma novidade, só poderá chamar a atenção pelos gastos exuberantes em vinhos e champanhes. E, mantendo o mínimo de coerência, se lixeiras luxuosas são motivos de manchetes, porta-retratos não menos luxuosos também deveriam ser. Aliás, ótimo gosto de Fernando Henrique Cardoso e sua senhora, que gastaram cerca de R$ 800 em conhaque Courvoisier, francês, considerado por muitos o melhor conhaque do mundo, mais R$2.250,0 em espumante Chandon, além de uma compra no valor de R$3.500,00, entre whisky, vinho e champanhe, e outras duas, uma no valor de R$4.800,00 outra no valor de R$5.220,00, ambas em vinhos.

Escrito por Ricardo Rojas.

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