ALGODÃO


Novas tecnologias aumentam a produtividade do algodão

Cerca de 700 agricultores familiares de algodão da região do Vale do Iuiú foram beneficiados para o plantio da safra 2007/2008 com o preparo do solo diferenciado (subsolagem), envolvendo a quebra da camada compactada entre 20 e 25 centímetros de profundidade, por meio de assistência técnica da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).

O plantio começou esta semana, com a distribuição de 210 toneladas de fertilizantes e 28 mil toneladas de sementes nos municípios de Brumado, Guanambi, Iuiú, Livramento de Nossa Senhora, Malhada, Palmas de Monte Alto, Pindaí e Urandi, que estão inseridos no Programa do Algodão.

Com 28 máquinas em campo, a EBDA, vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), alcançou a meta de preparar áreas de três hectares por agricultor, resultando em 2.100 hectares para o plantio dessa safra.

Segundo o pesquisador e agrônomo da empresa, Osório Vasconcelos, a subsolagem é uma prática mecânica utilizada para fazer com que o solo se torne mais produtivo. “A partir da subsolagem, a camada compactada do solo é quebrada, permitindo que a água se infiltre e a planta consiga formar um maior sistema de raiz, suportando o veranico (período de seca dentro de um período de chuva), com menores quedas de produtividade”, disse.

Fertilização e plantio

Com a preparação do solo concluída, os agricultores começaram a fertilização e o plantio com os adubos e as sementes disponibilizados pela EBDA. A semente indicada aos agricultores é da variedade BRS Aroeira, testada em anos anteriores na Estação Experimental da EBDA, no Vale do Iuiú, que apresenta elevado índice de produtividade.

Depois dessas etapas, o desenvolvimento das plantas começa a ser observado e os técnicos da empresa prosseguirão prestando assistência técnica aos agricultores com as 24 unidades experimentais e de demonstração (UEDs), que são bases físicas nas comunidades (três por município).

Vasconcelos explicou que através da realização de cursos semanais em UEDs, com áreas de dois hectares de algodão, a assistência funciona como verdadeira escola, onde os agricultores colocam em prática os ensinamentos sobre cada etapa do ciclo cultural, para, simultaneamente, executar em suas lavouras.

Cada agricultor terá inseticidas para o controle das pragas que infestam o cultivo do algodoeiro na região, equipamento completo de proteção individual (EPI), como prevenção à contaminação por agrotóxicos, e pulverizador costal, manual, de 20 litros para as pulverizações, além de pluviômetros de leitura direta para o monitoramento da chuva em cada unidade produtiva.

Expectativa

A subsolagem está sendo vista pelos agricultores como uma prática promissora e muito difundida. “Com o preparo do solo realizado, nossa expectativa é de obter sucesso no plantio e na colheita. Agradecemos muito ao governo da Bahia por essa contribuição. Sem isso a gente não teria condições nem de iniciar a subsolagem”, afirmou o agricultor familiar da comunidade de Junco, no município de Brumado, Otávio Manuel Ribeiro.

José Maia de Souza, 51 anos, que, além do algodão, planta feijão, milho e mandioca em Brumado, demonstrou o entusiasmo dos agricultores para essa safra. “Nós, que trabalhamos com a terra, sabemos das dificuldades de plantar e colher algodão. Agora, com as orientações e os serviços prestados pelos técnicos da EBDA, estamos entusiasmados e com esperança de obter bons resultados na produção e na colheita”, disse José, que na sua propriedade faz o plantio com tração animal.

O trabalho desenvolvido pela EBDA resulta em otimização e melhoria da qualidade de assistência técnica e, conseqüentemente, em aumento de produção, produtividade, renda e emprego para a comunidade envolvida.

Atuação

A EBDA atua na região do Vale do Iuiú desde os anos 70, tanto na área de pesquisa como de assistência técnica e extensão rural, capacitação de produtores e, nos últimos anos, também no monitoramento do meio ambiente. A empresa reforça suas ações direcionadas para o desenvolvimento sustentável do Vale do Iuiú, com ênfase na difusão das tecnologias, que são desenvolvidas para garantir maior rentabilidade ao agronegócio do algodão.

A empresa mantém o Centro de Profissionalização de Produtores Rurais do Vale do Iuiú (Centrevale), instalado no município de Palmas de Monte Alto, onde já foram treinados mais de 5 mil produtores, e uma estação experimental onde são desenvolvidos trabalhos de pesquisa agrícola, principalmente com algodão herbáceo.

A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do Brasil, com a comercialização voltada aos centros têxteis do Nordeste. Com investimentos em novas técnicas de manejo, que resultam na melhoria da qualidade da matéria-prima, o estado vem buscando ampliar sua participação nos mercados nacional e internacional.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Governo do Estado

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