OPOSIÇÃO COSPE NO PRATO EM QUE COMEU AO RECORRER AO STF



Fonte: Jairo Nicolau

Na próxima quarta-feira (3) o Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir se um mandato eletivo pertence ao partido ou ao político. A decisão ocorre a apenas dois dias do prazo limite para filiação dos candidatos às eleições de 2008. O PSDB, o DEM (ex-PFL) e o PPS, autores da consulta, enchem a mídia de declarações contra os ''infiéis'' praticantes do ''trocatroca'' partidário. Mas estão cuspindo no prato em que comeram.

Por Bernardo Joffily

Veja o gráfico: ele mostra como evoluiu a base do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso (1995-1998). Os cinco partidos governistas da época saíram da eleição de 1998 com 341 deputados, uma confortável maioria numa Câmara de 513 cadeiras. Mas em seguida essa base foi ganhando adesões – ''infiéis''? – até chegar ao pico de 400 parlamentares em 1997 e 393 em 1998. Foram mais de 50 adesões (Em 1998 o inchamento foi corrigido parcialmente pelas urnas, três meses antes do colapso do Plano Real e do início do fim da era FHC).

Como o PSDB e o PFL incharam

Mas o gráfico mostra também como o PSDB e o PFL, verdadeiros donos do governo FHC, engordaram suas bancadas às custas dos aliados de ocasião. O PSDB saíu da eleição de 1994 com 62 deputados; mas como tinha o presidente da República, conquistou 33 – ''infiéis''? – e chegou a 1998 com uma bancada de 95. O PFL, que habitava a máquina de governo desde as capitanias hereditárias, elegeu 89, cooptou 22 e chegou a 11 deputados. No total, 33 + 22 = 55 adesões aos mesmos partidos que hoje batem à porta do Supremo.

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