BAHIA TERÁ US$ 600 MIL PARA CONTROLAR PRAGA DO ALGODÃO

O Programa Continental de Controle do Bicudo do Algodoeiro, que será apresentado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) hoje, durante o Seminário Regional do Algodão em Guanambi, terá, somente para a Bahia, recursos da ordem de US$ 600 mil por parte do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Gerido pelo Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (Cosave), o programa visa o controle, na América do Sul, da principal praga que afeta a cultura do algodão no mundo, através de medidas pré-estabelecidas pelos órgãos de competência dos países do eixo.

Análise de risco, prevenção e erradicação, manejo integrado de pragas, supressão populacional, controle da dispersão e monitoramento regional estão entre as medidas estratégicas adotadas pelo programa. Deverão ser realizadas ainda ações de capacitação técnica e educação sanitária junto a produtores e escolas rurais.

De acordo com o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Cássio Peixoto, a qualidade do algodão baiano vem se sobressaindo no mercado internacional e nada melhor do que um projeto internacional para oferecer sustentabilidade nos aspectos da defesa sanitária vegetal.

“Nesse sentido, as duas grandes áreas produtoras serão contempladas com novas tecnologias e aporte de recursos financeiros, o que vai contribuir muito com o processo de profissionalização pelo qual a cotonicultura vem passando ao longo dos anos no Estado”, explicou.

Atualmente, a Bahia é o segundo estado brasileiro em produção de algodão, atrás do Mato Grosso, maior produtor nacional. Nos dois últimos anos registrou-se um crescimento de 13% na exportação de algodão e fibras têxteis vegetais produzidos no Estado.

No Brasil, a área plantada atual é de 1,09 milhão de hectares, superior em 27,2% à da safra 2006. Na Bahia o crescimento foi de 19%. Estima-se para o final da safra atual brasileira uma produtividade média de 3.443 quilos por hectare, contra os 3.181 quilos por hectare obtidos na safra anterior.

Adesão de 87% dos produtores ao arranquio dos restos da cultura, que proporcionam ambiente favorável à disseminação do Bicudo, avanço crescente da área plantada, com projeção para 500 mil hectares cultivados em quatro anos, a partir do uso de transgênicos, além da colocação de 18 milhões de produtos têxteis em rede varejista dos EUA com selo Pure Brazilian Cotton estão entre os resultados já alcançados pelo projeto, que vem sendo desenvolvido pela Adab desde 2004, com envolvimento dos setores público e privado.

O projeto consiste no desenvolvimento de ações de monitoramento e controle do bicudo do algodoeiro nas regiões oeste e sudoeste do estado, apoio à revitalização da cultura do algodão no sudoeste da Bahia, região caracterizada pela presença de pequenos produtores, bem como na difusão e fiscalização das normas legislativas e preventivas previstas no Programa de Incentivo à Cultura do Algodão.

Fonte: Jornal Tribuna da Bahia - Municípios (10/08/07).

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